“Perdido em Marte” de Ridley Scott é apresentado no Tiff

A variedade de linguagens, de propostas estéticas e de temáticas abordadas faz de um festival como o Festival Internacional de Cinema de Toronto (Tiff), em Toronto, uma Babel cinematográfica. Cada um busca o que encontra e, às vezes, encontra o que não pensou em buscar. Desponta a força narrativa de algumas obras.

Perto de estrear nos cinemas do mundo todo, “Perdido em Marte”, vem com a assinatura de Ridley Scott, o homem de muitos filmes, entre eles o clásico “Blade Runner”. Com um 3D que vale ser visto, a narrativa acompanha o astronauta Mark Watney, interpretado por Matt Damon, e uma equipe de exploradores enviados a uma missão em Marte.

Sem querer contar muito, mas antecipando algumas necesidades temáticas, pode-se dizer que nem tudo sai como foi planejado. Em algumas imagens que remetem ao passeio espacial de George Clooney e Sandra Bullock, em “Gravidade”, o filme de Scott acontece, na maior parte do tempo, entre Houston e o solo marciano.

Ao contrário do som do universo, acompanhado por Clooney e Sandra, aqui temos um Matt Damon falante e expansivo. Botânico, que acaba vencendo as carências marcianas por entender dos ciclos de plantas e da vida. Uma reflexão sobre culpa, sobrevivência e exploração das galáxias.

Não tem romance, mas vem com uma bela trilha sonora dos anos 70. Boa bilheteria na certa, com um Matt Damon que esbanjou cordialidade e alegria pelos lugares de Toronto, nestes dias de exibições. E que também ouviu a confirmação pública do diretor, dizendo que o filme só aconteceu graças a aceitação do ator. Ainda no elenco, Jessica Chastain, Kate Mara e Chiwetel Ejiofor.

Assista ao trailer de "Perdido em Marte":