Pesquisa revela hábitos de leitura e perfil dos gaúchos
Resultado aponta que 51,7% dos entrevistados têm o hábito de ler livros impressos ou digitais
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Na quinta-feira, dia 7, aconteceu um encontro no Instituto Estadual do Livro (IEL) para apresentação de resultados de uma pesquisa sobre o hábito de leitura no Rio Grande do Sul. O evento contou com a presença de Beatriz Araujo da Secretaria da Cultura do RS, Elis Radmann do Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), Bety Lovatel da Livraria Vanguarda, escritores locais, jornalistas e o público ligado às bibliotecas.
O projeto "Uma Página por Dia – Devagar se lê o mundo", executado pelo IPO, entrevistou mil pessoas a partir dos 16 anos de idade, em 52 municípios do Estado, de 24 a 28 de maio de 2022. O resultado aponta que 51,7% dos gaúchos entrevistados têm o hábito de ler livros impressos ou digitais. Analisando-se por regiões os resultados dos entrevistados que têm o hábito de ler são os seguintes:
Total geral (RS) = 51,7%
- Porto Alegre = 49,1%
- Área metropolitana = 48,8%
- Passo Fundo = 47,1%
- Caxias do Sul = 56,0%
- Pelotas = 58,9%
- Ijuí = 44,1%
- Santa Maria = 51,4%
- Santa Cruz do Sul = 59,4%
- Uruguaiana = 65,2%
A conclusão da pesquisa é que a educação formal e a renda familiar estão intimamente associadas ao hábito de leitura. Quanto menor a escolaridade e a renda, menor o envolvimento com o mundo da leitura. Do montante dos entrevistados que leem, 37% deles têm ensino fundamental, 52,8% têm o ensino médio e 74,3% têm ensino superior. Considerando-se a renda familiar, o estudo apontou que dentre os que têm renda de 1 a 2 salários mínimos o hábito de leitura é de 45,9%, nos que têm renda de 3 a 5 salários mínimos é de 55,8% e acima de 6 salários mínimos é de 72,2%.
A técnica de pesquisa empregada foi a quantitativa probabilística estratificada, com amostra representativa da população do RS, com cotas por região, sexo biológico, idade e situação de trabalho. Foram realizadas entrevistas por telefone, sendo algumas coletas presenciais, com o uso de tablets dotados de georreferenciamento. A margem de erro dos resultados é de 3,0 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Beatriz Araujo, Secretaria da Cultura do RS | Foto: Ricardo Giusti