Peter Jackson acusa Weinstein de ter difamado atrizes
Diretor disse que produtor e seu irmão se comportavam como "valentões mafiosos de segunda"
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O diretor neozelandês afirmou não ter tido conhecimento direto das acusações de assédio sexual contra Weinstein, mas assegurou que o produtor o pressionou para que não contratasse Ashley Judd e Mira Sorvino em seu filme. As duas atrizes americanas foram uma das primeiras a acusar publicamente Weinstein de agressões sexuais.
Segundo Jackson, ambas eram possíveis candidatas no fim da década de 1990 para atuar em "O Senhor dos Anéis" antes da chegada da Miramax. "Lembro que a Miramax nos disse que era um pesadelo trabalhar com elas e que tínhamos que evitá-las a todo custo. Provavelmente foi em 1998", afirmou ao jornal Fairfax New Zealand. "Naquele momento, não tínhamos nenhum motivo para colocar em dúvida o que nos diziam, mas agora vejo que isso muito provavelmente era uma campanha de desprestígio da Miramax em todo o seu apogeu", acrescentou.
A Miramax acabou se retirando de "O Senhor dos Anéis", projeto que foi retomado pela New Line. Um porta-voz de Harvey Weinstein desmentiu as afirmações de Jackson. "Embora Bob e Harvey Weinstein fossem produtores executivos do filme, não tiveram absolutamente nenhuma influência no elenco", escreveu em um comunicado, antes de apontar que durante anos as duas atrizes nunca se queixaram publicamente de terem sido marginalizadas.
Em uma mensagem emotiva no Twitter, Mira Sorvino reagiu às afirmações de Peter Jackson: "vi isso assim que acordei e comecei a chorar". "Aqui está a confirmação de que Harvey Weinstein prejudicou a minha carreira, algo que eu suspeitava, mas não estava certa. Obrigada, Peter Jackson, por ser honesto. Estou desolada", escreveu Sorvino, vencedora de um Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1996 por "Poderosa Afrodite". Ashley Judd simplesmente tuitou: "lembro bem disso".