Pinturas do século 17 são destaque de exposição de arte brasileira em São Paulo

Pinturas do século 17 são destaque de exposição de arte brasileira em São Paulo

Masp dedica 2015 a uma reflexão sobre o próprio acervo

Agência Brasil

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O Museu de Arte de São Paulo (Masp) dedica 2015 a uma reflexão sobre o próprio acervo. As primeiras exposições são dedicadas à arte brasileira. Uma delas, que pode ser conferida até 6 de junho, apresenta produções de artistas nacionais e estrangeiros até o ano de 1900.

Denominada Arte do Brasil do Século 20, a segunda exposição segue até 28 de junho. A novidade da série é que, com as obras, estão expostas correspondências, fotografias, folhetos e catálogos, com os quais é possível compreender contextos sociais e políticos em que elas foram produzidas, exibidas e adquiridas.

“A ideia é apresentar o acervo documental com o de obras. A exposição apresenta um recorte da coleção de arte brasileira e conta a trajetória da obra no Masp. Mostra para o público os processos de funcionamento de um museu, desde a entrada da obra, o caminho que ela percorre, casos de doações, cadastro, ficha, notas fiscais de compra e matérias de jornal”, explicou Tomás Toledo, assistente da Curadoria da exposição. A série terá continuidade ao longo do ano, com exposições focadas em artes italiana e francesa, moda e fotografia.

A exposição dedicada aos primeiros séculos do Brasil tem como destaque cinco gravuras do pintor holandês Frans Post, que retratam a paisagem nativa do país no século 17. São as obras mais antigas da mostra. Com intenções documentais, ele retratou a natureza durante a ocupação holandesa (1630-1654). “Com a missão francesa [1816] e o fortalecimento do ensino da arte, a paisagem brasileira passou a ser pintada de forma menos documental”, esclarece texto de apresentação da mostra. Obras do italiano João Batista Castagneto e do brasileiro Victor Meirelles são exemplos dessa fase.

A segunda exposição inclui obras de alguns dos mais reconhecidos pintores do modernismo brasileiro, entre eles, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Vicente do Rego Monteiro, Cândido Portinari e Lasar Segall. Esse material passou a fazer parte da coleção do Masp entre 1947 e 1957.

As obras são ordenadas por aproximação cronológica e em agrupamentos por artistas. Também compõem a mostra artistas como José Antônio da Silva, Rafael Borges de Oliveira, Agostinho Batista de Freitas, Hélio Mello e Maria Auxiliadora. Eles retratam paisagens e culturas geralmente marginalizadas pela burguesia e elite locais.

O Masp funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos para visitação do museu custam R$ 12 (meia-entrada) e R$ 25. A entrada é gratuita às terças-feiras, durante todo o dia, e às quintas-feiras, a partir das 17h.

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