Pixar volta aos cinemas com fábula sobre imigrantes em "Elementos"

Pixar volta aos cinemas com fábula sobre imigrantes em "Elementos"

Estúdio tenta voltar aos tempos de glória nas bilheterias com primeira produção original desde o início da pandemia que estreia dia 16 nos EUA

AFP

"Elementos" estreia na sexta-feira, 16 de junho, nos cinemas dos Estados Unidos

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A Pixar está tentando voltar aos seus tempos de glória nas bilheterias com a oportuna fábula de imigrantes "Elementos", o primeiro filme totalmente original do estúdio a chegar aos cinemas desde o início da pandemia.

O filme, que estreia na próxima sexta-feira (16) nos cinemas comerciais dos Estados Unidos, acontece na fantástica Cidade dos Elementos. Seus habitantes são feitos de fogo, água, terra e ar e devem conviver em harmonia, apesar de suas diferenças fundamentais.

A trama segue um romance perigoso entre Ember, a filha apaixonada de um imigrante trabalhador, e Wade, o herdeiro de uma rica família de água.

À medida que seu relacionamento põe à prova o mantra da cidade, "os elementos não se misturam", o filme funciona como uma metáfora para o racismo, o preconceito e a assimilação.

"É tão proibido! O fato é que Ember e Wade arriscam suas vidas ao se aproximarem, é como Romeu e Julieta", disse Leah Lewis, que interpreta a protagonista.

"Este filme fala muito sobre família, lealdade, identidade cultural, sobre se apaixonar pela primeira vez", comentou a atriz, em conversa com a AFP, durante a estreia do filme nos Estados Unidos, esta semana em Los Angeles.

Assim como muitos dos atores deste filme, Lewis tem sua própria história como imigrante: ela foi adotada em um orfanato em Xangai por um casal da Flórida.

Mamoudou Athie, que dá voz a Wade, nasceu na Mauritânia e obteve sua cidadania americana há um ano. E Ronnie del Carmen, que interpreta Bernie (o pai de Ember), emigrou das Filipinas.

Várias das estrelas destacaram a importância da temática desta produção, no momento em que a imigração domina o debate político nos Estados Unidos.

 

 Pressão para a Pixar 

 

O filme também chega em um momento crítico para a Pixar.

O estúdio que lançou clássicos como "Toy Story", "Procurando Nemo" e "Up: Altas Aventuras" passou por anos difíceis.

Sua última produção original, não relacionada a uma franquia, a chegar aos cinemas foi "Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica", que estreou em 2020 e desapareceu rapidamente, à medida que a covid-19 fechava tudo em seu caminho.

Seus próximos títulos foram lançados diretamente na plataforma de streaming Disney+.

A Pixar voltou aos cinemas no ano passado com "Lightyear", mas a produção derivada de "Toy Story" não decolou nas bilheterias, e seu diretor foi um dos 75 funcionários do estúdio demitidos na semana passada, no meio dos cortes de pessoal da Disney.

Enquanto isso, seus rivais estão florescendo nesta era pós-pandemia.

"Homem-Aranha: através do Aranhaverso", da Sony, lidera as bilheterias nos Estados Unidos, enquanto a adaptação do jogo Super Mario Bros. para o cinema, feita pela Universal, é até agora o filme de maior bilheteria do ano, com 1,3 bilhão de dólares (em torno de 6,3 bilhões de reais na cotação atual a R$ 4,87) em ingressos vendidos.

Além disso, o Oscar de Melhor Animação, que tradicionalmente era conquistado pela Pixar, foi para a Netflix com a versão de Pinóquio dirigida por Guillermo del Toro.

Portanto, não surpreende que agora o estúdio da Disney esteja apostando tudo em "Elementos".

 


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