Porto Verão Alegre a poucos dias de sua 23ª edição

VA) retorna ao formato presencial, da próxima quinta, 13 de janeiro, até 19 de fevereiro, com muita cautela e uma intensa programação. São 63 atrações, incluindo doze estreias, entre espetáculos, shows e debates, que ocuparão nove espaços da capital gaúcha. Com o slogan “bem-vindo de volta”, a agenda de apresentações está disponível no site www.portoveraoalegre.com.br, assim como os ingressos. Em virtude dos altos e baixos da pandemia, o festival em 2022 eliminou os pontos de venda físicos, colocando apenas o virtual, para evitar aglomeração. Prezando a segurança das equipes e do público, o passaporte vacinal será cobrado de todos os envolvidos. 

Criado em 1999 pela Mezanino Produções, o festival no ano passado foi realizado no inverno de forma virtual, por conta da Covid-19. Das lições aprendidas em tempos pandêmicos, o ator e produtor Rogério Beretta, que assina a idealização, curadoria e organização do evento, juntamente com Zé Victor Castiel, destaca que “fazer teatro sem publico é muito complicado, é uma nova linguagem, uma nova forma de expressão. É uma coisa muito parecida com teatro, mas não chega a ser teatro. Principalmente pra quem trabalha com comédia”. Como os parceiros aprovaram a versão on-line, o formato híbrido passou a ser uma necessidade para quem não mora em Porto Alegre. A intenção dos organizadores é ter uma programação on-line, ainda nesta edição. 

Outra novidade é a ausência da mostra infantil no PVA, dada a falta de vacinação desta faixa etária. “Não podemos correr o risco de lotar uma sala de crianças sem estarem vacinadas, sabendo que este público assistindo teatro se empolga, pula, tira máscara, grita, se abraça, o que é uma coisa maravilhosa em tempos normais, mas atualmente temos que ter este cuidado”, diz Beretta. O distanciamento ficará a critério dos espaços: os menores e sem ventilação já estão com capacidade limitada, enquanto os maiores – Teatros do Cieee, Bourbon e CHC Santa Casa - ainda mantém lotação completa, por enquanto, até segunda ordem, com todos os cuidados. “Vamos colocar um pequeno lote de 50% à venda e ver como se comporta a pandemia. Conforme a reação da nova variante, vamos abrir para mais vendas ou não. Ficamos rezando para que as coisas andem, mas tomamos todos os cuidados necessários pra preservação da saúde de todo mundo”, enfatiza. 

O artista afirma que “quem passou uma vida inteira subindo em palco, passar dois anos sem puder fazer isto é um castigo que nunca imaginamos que pudesse sofrer. Mas tivemos que aprender que é possível viver de outras maneiras, buscar outras linguagens, se atualizar, fazer algo menos artesanal do que tradicionalmente o teatro nos proporcionou”. 
Comédias, dramas, stand-ups comedies, ilusionismo, dança, musicais e shows estarão em foco, a partir da próxima quinta-feira. Tem ainda o Cenasig, encontro entre a arte e a psicanálise que destacará os 100 anos da semana de arte moderna e sua importância para a cultura brasileira e para a psicanálise. Haverá apresentação da Orquestra Villa-Lobos e painel composto por psicanalistas e um especialista em história da arte.