Premiada encenação "Cadarço de Sapato" abre curta temporada nesta sexta

Premiada encenação "Cadarço de Sapato" abre curta temporada nesta sexta

Reestreia acontece às 21h, no segundo andar da Casa de Cultura Mario Quintana

Correio do Povo

Montagem é livremente inspirada na dramaturgia da inglesa Sarah Kane

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Consagrado pelo sucesso de público e crítica em Porto Alegre, o espetáculo "Cadarço de Sapato ou Ninguém Está Acima da Redenção", vencedor de três Prêmios Açorianos 2015 (ator/diretor/cenografia) e um Braskem em Cena 2016 (diretor), volta a cartaz no Teatro Carlos Carvalho da Casa de Cultura Mário Quintana (Andradas, 736). A nova temporada da Cia Teatrofídico acontece também neste sábado e domingo e também na próxima sexta e final de semana, sempre às 21h. Os ingressos antecipados custam R$ 20 e podem ser adquiridos pelo site. http://www.entreatosdivulga.com.br/cadarco-de-sapato. Na hora, na bilheteira local, o valor é de R$ 30.

Livremente inspirado na dramaturgia da inglesa Sarah Kane, "Cadarço de Sapato" é um espetáculo híbrido de intenções que mesclam universos e conversam com o contemporâneo. O enredo propõe um diálogo fragmentado e confessional, onde seres perdidos tateiam em direção à luz. Amor, desespero, morte, ânsia, violência e uma certa dose de tristeza integram o universo da atuação performática do elenco, que vivencia situações e sentimentos num jogo de desconstrução e anticlímax, que não exige personagens.

A ampla pesquisa da vida e obra da autora homenageada serviu para inspirar não somente a dramaturgia, mas também o roteiro do espetáculo, que conta com cenas que ora surgem dos relatos de Sarah, ora dos próprios atores. Considerada uma das mais importantes dramaturgas da cena inglesa contemporânea por autores como Samuel Beckett e Harold Pinter, Sarah Kane é conhecida por sua obra de crueza grave e violência cortante, que lida com dores e outras nuances da essência humana, sem disfarces. A montagem da Cia Teatrofídico busca respeitar essa característica, inclusive em seus sentidos estéticos.

No palco foram criados dois ambientes, sendo que um deles lembra de forma não inteiramente realista um banheiro público, enquanto o outro, que surge do outro lado de uma parede transparente (que serve de vitrine), é emoldurado por dois grandes painéis. De um lado uma figura gigante em close do rosto de Sarah e do outro uma cortina com imagens icônicas do universo da dramaturga e dos dias atuais. Fios atravessam o alto da cena onde estão pendurados pares de sapatos e tênis. Uma poltrona bergére totalmente deteriorada é um dos principais elementos onde acontecem cenas e que representa a intimidade e o interior dos seres que perambulam por esse espaço urbano e ao mesmo tempo familiar. Projeções de imagens pictóricas completam a cenografia onde uma iluminação intimista cria um ambiente claustrofóbico e lírico.

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