Primeira noite do Rock in Rio tem música para todos os gostos

Primeira noite do Rock in Rio tem música para todos os gostos

Primeiro dos sete dias do festival, levou 85 mil fãs à Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio

AE

Queen junto com Adam Lambert finalizaram primeiro dia do festival

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O Rock in Rio 2015 abriu suas portas para o melhor da música numa noite quente em todos os sentidos. Com os termômetros girando em torno dos 40º, o público que lotou a Cidade do Rock - reunindo desde veteranos de suas primeiras edições a jovens debutando no evento vibrou e ferveu com as apresentações que se sucederam nos palcos Sunset e Mundo. E encerrando a  primeira noite, com um show eletrizante da banda Queen. 

Entre emocionantes homenagens a Cássia Eller (no Palco Sunset) e Lincoln Olivetti e Raul Seixas (na tenda eletrônica), destacaram-se a união da emergente banda Dônica com o veterano maestro Arthur Verocai, a combinação soul rock de Ira, Rappin Hood e Tony Tornado, o orgânico encontro promovido por Lenine com seu Projeto Carbono e a explosiva homenagem aos 30 anos do festival, que juntou a nata do pop brasileiro: dos Paralamas ao Titãs, passando por Ivete Sangalo, Ney Matogrosso, Frejat e Erasmo Carlos, entre outros. Teve música, portanto, para todos os gostos.

O diálogo entre gerações e décadas brilhou com um veteranaço, o soulman Tony Tornado, com incríveis 85 anos. Ele foi a liga que potencializou e deu sentido ao encontro promovido pelo Ira!, que incluiu Rappin Hood. Tornado entrou na parte final do espetáculo, amarrando-o com antigos hits como "Pode crer, amizade", "A festa do Santo Reis" (consagrado por Tim Maia) e a inseparável "BR-3".

Pulando para os anos 1990 e para a contemporaneidade, outra combinação especial ocupou o mesmo palco, com Lenine reunindo Nação Zumbi, Orquestra Rumpilezz e o conjunto do arranjador holandês Martin Fondse, além de convidados como o percussionista Marcos Suzano, para reproduzir, na íntegra, o material do seu mais recente álbum, o elogiado "Carbono".

Fogos antecederam a esperada abertura do Palco Mundo, iniciada ao som de um medley que unia "Bohemian rhapsody", do Queen, ao tema do Rock in Rio. Frejat abriu os trabalhos pouco antes das 19h com os riffs do clássico "Pro dia nascer feliz", do Barão Vermelho, seguido por "Por que a gente é assim?", com Ney Matogrosso. "Rua da Passagem", música do repertório recente de Ney, ajudou a estabelecer um clima político (talvez involuntário) no show, com o refrão "Todo mundo tem direito à vida/ Todo mundo tem direito igual".

Artistas como Ivan Lins (um tanto perdido no meio de tanto rock) e suas "Um novo tempo" e "Depende de nós" botaram mais lenha na fogueira da insatisfação - tudo com muita alegria, como na música de Ivete Sangalo, a única mulher da festa. Últimos na fila dos medalhões, os sempre contestadores Titãs lembraram o momento político do país com a eterna "Polícia", em versão mais agressiva do que a habitual, e uma citação do recente sucesso "Fardado".

A melhor fala do show, no entanto, foi um desabafo de Erasmo Carlos. Depois de ganhar os merecidos aplausos após cantar "Vem quente que eu estou fervendo" e "É proibido fumar" com o Skank, ele lembrou que tinha sido hostilizado pelo público de heavy metal no primeiro Rock in Rio. "Era isso que eu esperava e sonhava em 1985", bradou o Tremendão.

E para encerrar a noite com chave de ouro, Queen junto com Adam Lambert, subia ao palco. Com inúmeros clássicos, como "We Will Rock You", "Break Free" e "We Are the Champions", a banda britânia animou a plateia de mais de 85 mil pessoas. Mas o momento histórico da noite, foi quando começou a tocar "Love of my Life". Assim como em 1985, no telão do palco do Rock in Rio, estava Freddie Mercury cantando junto com a multidão. E como há 30 anos atrás, o público emocionado, em coro, acompanhou o ex-vocalista.


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