Primeira parte do restauro da Igreja das Dores será entregue no dia 26 de março

Primeira parte do restauro da Igreja das Dores será entregue no dia 26 de março

Restauração ainda contempla outras fases e deve ser finalizada até o fim deste ano

Henrique Massaro

Primeira etapa concluída é do trabalho desenvolvido no retábulo

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No dia do seu aniversário de 245 anos - 26 de março -, Porto Alegre ganhará de presente a entrega da primeira parte do restauro da Igreja Nossa Senhora das Dores. Trata-se da conclusão do trabalho desenvolvido no retábulo, ou seja, o altar da capela suplementar que por décadas esteve armazenado de forma inadequada. A restauração do templo ainda contempla outras fases e deve ser finalizada até o fim deste ano.

Inaugurada em 1904, após 93 anos de construção, a Igreja Nossa Senhora das Dores passou por uma mudança de ordem dos Claretianos para a dos Sacramentinos no ano de 1951. Provavelmente por isso, em 1969, o retábulo tenha sido removido pelos membros da nova congregação. Ele foi guardado no desvão, que é o forro da nave, e só foi encontrado no ano 2000, durante um primeiro restauro feito na edificação.

Á época da retirada, o altar de Santo Antônio de Maria Claret foi substituído por um sacrário de adoração ao Santíssimo Sacramento. Agora, além do resgate e da revitalização, tanto o retábulo quando o sacrário ficarão dispostos juntos. “O altar vai ficar uma mescla”, explica um dos arquitetos responsáveis pelo projeto, Lucas Volpatto.

As outras fases do restauro contam com a revitalização da capela-mor, com a reforma do seu telhado - onde será inserido um subtelhado para melhor proteção -, e a aprovação do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI), que permitirá com que os visitantes possam subir para conhecer as torres do templo. O trabalho também conta com a criação de um museu de arte sacra em uma das alas laterais, manutenção e restauro de imagens em madeira e pesquisa iconográfica.

A Igreja Nossa Senhora das Dores, localizada na rua dos Andradas, é célebre pela sua escadaria externa composta por 62 degraus. Curiosamente, a edificação foi construída de traz para frente, já que, à época, as águas do Guaíba chegavam até as proximidades da escada. A faixada é considerada eclética, com características do período pós-migração alemã e também com um viés gótico. Ainda na frente, há três imagens e um ornamento em forma de coração com sete espadas cravejadas. Internamente, o ecletismo também chama atenção, com um dos lados do templo sendo marcado por estilo arquitetônico Mariano e outro Jesuíta.

O prédio é o primeiro patrimônio a ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Porto Alegre. A restauração está sendo realizada através da Lei de Incentivo à Cultura do Estado e conta com patrocínio da Braskem.


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