Quadro desaparecido de Magritte é reconstituído integralmente
Obra de 1927 foi cortada pelo artista belga em quatro fragmentos para reutilizá-la como telas
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A descoberta deste quarto e último fragmento encerrou definitivamente o "mistério" que cercava esta obra, que fazia parte do catálogo de Magritte, graças a uma foto em preto e branco da época de sua realização, e que era considerada desaparecida desde 1932. A recente descoberta dos pesquisadores da Universidade de Liège, no leste da Bélgica, permite deduzir que em 1935 Magritte decidiu cortar a tela em quatro para fazer quatro quadros menores.
Esta obra não estava assinada e parece que seu autor a considerava "inacabada", destacou Michel Draguet, diretor-geral dos Museus Reais de Belas Artes da Bélgica, instituição que administra o museu Magritte. O artista decidiu sacrificar "A pose encantada" em virtude de seus "problemas financeiros", em uma época em que as grandes galerias viviam dificuldades econômicas após a crise de 1929, explicou Draguet.
Em 2013, um primeiro fragmento foi encontrado, mediante raios-X, em um quadro que fazia parte de uma retrospectiva que o MoMa de Nova Iorque dedicou ao pintor surrealista. Outros dois fragmentos foram identificados, sempre em quadros de 1935, no Museu de Arte Moderna de Estocolmo, e depois em 2016, no Norwich Castle Museum do Reino Unido.