Que tal um samba com Chico Buarque?

Que tal um samba com Chico Buarque?

Músico carioca de 78 anos apresenta nova turnê desta quinta-feira a sábado, às 21h, no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre

Luiz Gonzaga Lopes

Chico Buarque apresenta a turnê "Que Tal um Samba?" na capital gaúcha de hoje até sábado

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Chico Buarque chega a Porto Alegre para três apresentações de "Que tal um samba?", turnê que tem a cantora Mônica Salmaso como convidada. Após quatro anos, Chico (78) volta a trazer espetáculos à Capital, com sessões de hoje a sábado, 21h, no Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685).

O show estreou em João Pessoa e já passou por Natal, Curitiba, Belo Horizonte e Fortaleza. A turnê viaja pelo Brasil até abril de 2023, percorrendo 11 cidades. Além da canção que dá nome ao show, lançada por Chico em junho, pela Biscoito Fino, estão presentes no show mais 28 composições, algumas inéditas em roteiros das turnês, como “O Meu Guri”, e outras há muito não cantadas ao vivo por ele: “Canção Desnaturada”, ‘Biscate’ e ‘Bancarrota Blues’. Os clássicos “Samba do Grande Amor”, "Sob Medida" e “João e Maria" aparecem no repertório ao lado de criações mais recentes, como “Blues pra Bia” e “As Caravanas”.

Mônica Salmaso abre o espetáculo com cinco números solo, escolhidos por ela no cancioneiro de Chico, incluindo “Beatriz”, “Passaredo” e músicas que não apareciam havia décadas como “‘Todos Juntos”, da trilha da peça “Os Saltimbancos”. “O Chico é um herói para mim, referência musical e emocional. Quando eu com 51 anos recebo este convite, dá a sensação que todas as escolhas da carreira são dignas deste convite”, afirma Mônica. A cantora, compositora e multi-instrumentista toca kalimba, tamborim e flauta de pastoreio norueguesa no show. Os duetos acontecem em momentos diversos. Juntos, Mônica e Chico executam “Paratodos”, “Sem Fantasia” e “Sinhá”.

Com 1h40min de duração, o roteiro é autoral, à exceção de citações a obras de Dorival Caymmi e Baden Powell & Vinicius de Moraes. A banda é composta por fieis parceiros de palco: o maestro Luiz Claudio Ramos (arranjos, guitarra e violão), João Rebouças (piano), Bia Paes Leme (teclados e vocais), Chico Batera (percussão), Jorge Helder (baixo acústico e elétrico), Marcelo Bernardes (sopros) e Jurim Moreira (bateria).

O diretor musical Luiz Claudio Ramos, de 67 anos, lembra que o show atual difere dos demais. “Normalmente o Chico gravava um disco e fazia um show. Desta vez, ele gravou a música nova ‘Que tal um Samba?’ e remontou ntou o repertório com sucessos e lados B. Foi mais difícil o trabalho. Quando tinha disco, a gente tinha dez músicas recém arranjadas, prontas. Agora, eram canções que precisamos refazer arranjos em outros tons, como os que a Mônica cantou e outros arranjos de músicas que eu nunca tinha trabalhado com o Chico”, afirma Ramos, que trabalha com Chico desde os anos 1970 e passou a ser diretor musical em 1993. 

O primeiro contato de Mônica com Chico foi em 2006 quando ela foi convidada para gravar “Imagina”, de Chico e Tom Jobim. “Este convite para gravar ‘Imagina’ que catalisou a existência do meu disco 'Noites de Gala, Samba na Rua' em homenagem ao Chico. Eu jamais imaginaria uma coisa como esta agora, pois já fui público do Chico e sempre me comovi. Vai ser uma Redenção”, finaliza. 


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