Retrospectiva homenageia Antonio Soriano

Retrospectiva homenageia Antonio Soriano

Um dos grandes mestres da arte do Rio Grande do Sul pode ser apreciado em “Antonio Soriano: Retrospectiva e Homenagem”, na Galeria Bublitz, em Porto Alegre, com 39 obras do artista em uma seleção especial que destaca o acervo da família.

A exposição segue na galeria até o dia 5 de setembro, com entrada franca, e integra as comemorações pelos 35 anos da galeria

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Um dos grandes mestres da arte do Rio Grande do Sul ganha uma exposição até dia 5 de setembro na Galeria Bublitz (Av. Neusa Goulart Brizola, 143), em Porto Alegre. Trata-se de “Antonio Soriano: Retrospectiva e Homenagem”, que traz 39 obras do artista em uma seleção especial que destaca o acervo da família, em uma mostra que integra as comemorações pelos 35 anos da galeria.

Antonio Soriano nasceu em Santo Ângelo, em 1944. Um dos artistas que mais vendeu obras no Estado, militou também na publicidade, atividade que lhe rendeu prêmios, como na arte. Alcançou destaque nacional e participou de várias exposições em diversas partes do País. Foi aluno de Rubens Galant Costa Cabral e de Ado Malagoli. Faleceu em julho de 2016, em Porto Alegre. “É uma honra recebermos o acervo do artista na galeria. Soriano traduzia como ninguém em sua obra o inconsciente coletivo gaúcho dos pampas e foi um dos artistas mais importantes da história da Bublitz. Na galeria, protagonizou sete exposições individuais e participou de seis exposições coletivas”, informa o marchand Nicholas Bublitz.

Conhecido por retratar as bucólicas estâncias da Campanha, o publicitário e artista Antonio Soriano era um apaixonado pelas paisagens do campo, pela lida do gaúcho e pelos cavalos. Para a exposição, o filho Eduardo Paim cedeu 31 obras do acervo da família, que retratam essa fase e muitas outras do artista. Na mostra, uma das telas integra o acervo da própria Galeria Bublitz. Estão expostas ainda outras duas gravuras mais antigas do artista e foram preparadas cinco gravuras póstumas a partir da obra de Antonio Soriano. Essas gravuras estão numeradas com assinatura serigrafada e chancela de autenticidade do Projeto Cultural Soriano, editadas em parceria com a ArtePrints, como uma forma de tornar a produção do artista ainda mais acessível para o público.

Eduardo Paim resgata um pouco da história do pai que pode ser conferida na exposição. “Ao longo da vida, ele conciliou a carreira de publicitário com a arte, até que aos 40 anos dedicou-se exclusivamente ao trabalho como artista. Em sua trajetória, retratou a paisagem natural de Porto Alegre, com suas ilhas, águas e veleiros. Também expôs a paisagem urbana do Bom Fim e o Brique da Redenção”, conta. “Expressionista, ele revelou a figura feminina no calçadão de Ipanema e ficou famoso pelos retratos, alguns feitos sob encomenda. Nessa linha, podemos ver obras da série Frida Kahlo e do célebre Tatata Pimentel”, descreve. Até Mick Jagger figura em uma de suas obras, que mostra a Calçada da Fama, no bairro Moinhos de Vento.

Mas são as paisagens que revelam a marca registrada de Soriano. E sobre esse tema o filho Eduardo Paim resgata uma característica do processo de criação do artista. “O ponto de partida era registrar com foto as paisagens que ele queria retratar nas pinturas. Só depois ele reproduzia aquele instantâneo em suas pinceladas e cores características. Para ele, as fotos eram a única forma de registrar a luz do momento”, relata. Outra curiosidade sobre Soriano é que ele era ambidestro. “Ele era muito rápido e pintava tanto com a mão direita quanto com a esquerda”, destaca. Além disso, Soriano sempre fazia um fundo preto para suas obras. “Para ele, era mais prático vir do escuro para o claro e, antes de pintar, ele desenhava com lápis de cor branco”, recorda Eduardo Paim.


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