Rock in Rio chega ao fim com aprovação do Parque Olímpico

Rock in Rio chega ao fim com aprovação do Parque Olímpico

Edição já marcada para setembro de 2019 será nas mesmas instalações

AE

Edição já marcada para setembro de 2019 será nas mesmas instalações

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O Rock in Rio termina neste domingo, com a aprovação do Parque Olímpico como cenário para a Cidade do Rock. A edição já marcada para setembro de 2019 será nas mesmas instalações. "Vamos ficar aqui. A aposta está ganha, deu muito certo. O parque está superaprovado. Hoje a gente passa pela antiga Cidade do Rock e pensa: 'como era possível?'", avalia a vice-presidente do Rock in Rio, Roberta Medina.

As novidades da arena de games e do palco digital, que recebeu youtubers e influenciadores digitais, também tiveram retorno positivo para a organização. "Foram os dois passos mais ousados: a arena de games, por ser fechada, e o digital stage, por ser um mundo à parte. Os dois estavam sempre cheios e foram muito elogiados. As pessoas estão felizes".

As dimensões do Parque Olímpico, 300 mil metros quadrados, o dobro do terreno anterior - só a nova área à frente do Palco Mundo supera em metragem toda a Cidade do Rock anterior, segundo Roberta - deram mais conforto e facilidade para os deslocamentos, na opinião do público. Houve críticas quanto ao escoamento de público aos fins dos shows e à demora nas filas para ir ao banheiro e comprar bebida e comida.

Com relação aos planos para a edição de 2019, Roberto Medina, idealizador do Rock in Rio, já anunciou que irá montar uma área "dedicada à cultura da favela", para dar visibilidade a manifestações culturais e gastronomia de comunidades cariocas. A ideia é fazer uma rua com este tema, como nesta edição existiram a Rock Street a o Rock District, com lojas, opções de alimentação e palcos. Medina vem sendo criticado por isso nas redes sociais - sua proposta teria um viés de fetichização da pobreza.

"Vou fazer um concurso de botequins das favelas. Tem que trazê-los para dentro da sociedade, para eles aprenderem a fazer profissionalmente. Essa é a ajuda. Trazer esperança para essa gente que está lá. Tentar unir mais o asfalto e o morro", ele disse neste domingo. "A gente demonstrou o contraste. Viu o tiroteio na Rocinha e o contraste com a alegria daqui. Esse é o Brasil de verdade, e não meia dúzia de bandidos. Não é o tiroteio da Rocinha que manda no Rio de Janeiro", afirmou, referindo-se à guerra de traficantes na favela da zona sul do Rio, uma das maiores do Brasil.

O episódio, ainda não resolvido (a polícia e as Forças Armadas estão na comunidade), deixou os moradores do morro em pânico, sem poder sair de casa para trabalhar, mas não teve qualquer repercussão no festival - ainda que a Rocinha esteja no caminho para quem veio de carro à Cidade do Rock. A maior parte do público chegou de metrô e BRT. O ônibus especial "primeira classe" mudou sua rota para a Linha Amarela. Os artistas hospedados na zona sul vieram normalmente de carro, sem se utilizar de helicóptero, de acordo com a organização.

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