Roupa Nova: Uma energia que se renova há 43 anos

Roupa Nova: Uma energia que se renova há 43 anos

Sexteto carioca apresentou o seu show do DVD de 40 anos de carreira na noite de sábado, no Auditório Araújo Vianna, para 3,5 mil pessoas

Luiz Gonzaga Lopes

Feghali e Kiko em um dos momentos contagiantes do Roupa Nova na noite deste sábado, no Auditório Araújo Vianna

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Não há dúvida alguma que o show de lançamento do DVD de 40 anos de carreira do Roupa Nova é um dos acontecimentos mais românticos, entusiasmados, musicalmente irrepreensíveis, com iluminação e sonoridades que contagiam mesmo a mais insensível das apreciadoras de música. Em 2021 e 2022, ele foi considerado um dos melhores shows nacionais em atividade. Com 43 anos de estrada, o Roupa Nova entra no palco e não é para brincar, é para se empolgar, divertir e apaixonar/fidelizar o seu público e os neófitos, que porventura ainda não conheciam a pegada desta super banda carioca. Na apresentação de sábado à noite, em Porto Alegre, no Auditório Araújo Vianna para um público em torno de 3,5 mil pessoas, o clima era de perfeição e de simbiose entre os fãs de todas as idades e este sexteto formado por Cleberson Horsth, Ricardo Feghali, Kiko, Nando, Serginho Herval e Fábio Nestares, o vocalista que era fã e amigo da banda, que assumiu após a morte de Paulinho, em dezembro de 2020.

O início da apresentação, que começou com meia hora de atraso, foi estonteante, com imagens da banda e do DVD de 40 anos, com uma fala de Paulinho nas multitelas antes dos primeiros acordes de “Canção de Verão”. Depois, com “Anjo”, “Clarear”, “Sapato Velho”, “Maria Maria” e “Começo, Meio e Fim” fizeram a primeira animadíssima parte do show desta banda que até os seus 40 anos havia vendido mais de 20 milhões de cópias, com 38 discos lançados e pelo menos 35 temas de novelas em seu cartel. A comunicação com a plateia foi intensa. Por vezes o vocalista Fábio Nestares incitava o público a cantar e dançar junto, falando da sua admiração por Paulinho e por estes caras que ele conheceu aos 11 anos de idade.

Em uma de suas falas com o público, o baixista, violonista e cantor da banda, Nando, que ostentava um cachecol vermelho no pescoço, disse da admiração que tem pelo Rio Grande do Sul, pelo público do Sul incluído em todas as turnês da banda. São três, atualmente, esta que veio a Porto Alegre no sábado, o giro com Daniel (que veio em 2022) e Simplesmente Roupa Nova. Nando comentou que veio uns dias antes e esteve em Gramado, elogiando o gosto e o nível cultural e turístico do Estado. “Não tem outra cidade no Brasil tão bonita”, disse.  

Um momento que teve show de luzes e sons foi aquela homenagem aos Beatles em forma de medley que eles fazem no meio da apresentação, com canções como “Hey Jude”, “Day Tripper”, “I Want to Hold Your Hand”, “A Hard Day's Night”, “Let It Be”, “Ob-La-di-Ob-La-Da”, “Twist and Shout”, “Yesterday”, retornando a “Hey Jude” para fechar este revival vigoroso de Beatles. Nesta parte do show, um destaque ao rol de agudos da voz de Fábio Nestares e também aos solos de guitarra quase à moda dos metaleiros, com vigor e precisão técnica de Kiko.  

Com uma empolgação sem medida por parte dos fãs, que já não conseguem mais sentar nas cadeiras do Araújo, alguns beijos empolgados em momentos românticos, segue o repertório com “Amar É”, “Chuva de prata”, “A força do amor”, “Seguindo no trem azul”, “Linda demais”

“Dona” e “Coração Pirata”. Em um determinado momento, Ricardo Feghali pede ao público para cantar dividindo as vozes de homens e mulheres. Nando volta a dizer que eles estão ali por inteiro para contagiar o público, pois estão fazendo o que mais gostam, que é tocar para o seu público.

Após quase duas horas, o show se encaminha para o final com a animação das roqueiras “Show de Rock 'n' Roll” e “Whisky a Go Go”. Na volta do bis, os sessentões com uma energia renovada há mais de 40 anos, mais o cinquentão Nestares e o setentão Cleberson, fazem um set só trilhas de cinema para o deleite dos fãs, com músicas que vão desde “Eye of the Tiger”, do Survivor, dos filmes Rocky, até “The Heat is On”, com Glenn Frey, de “Um Tira da Pesada”. Após 2h10min, o público inteiramente saciado aplaudiu efusivamente os seus ídolos, já esperando uma nova apresentação deste sexteto com a energia sempre renovada.  


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