São Paulo vira "capital dos shows na América Latina" em 2023

São Paulo vira "capital dos shows na América Latina" em 2023

Festivais e turnês marcam presença no calendário dos próximos meses

AE

Somente o Lollapalooza 2022 movimentou cerca de R$ 687 milhões

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Vai ser um ano intenso. Aos fãs que quiserem aproveitar bem a maior temporada de shows desde antes da pandemia, é bom se programar. Shows bons não faltam neste 2023, marcado pela chegada de mais um festival a São Paulo - o maior de todos até aqui - e que transforma a cidade em uma espécie de "capital musical da América Latina". Dos mesmos criadores do Rock in Rio, The Town vai ocupar a o Autódromo de Interlagos em setembro.

O The Town encontra espaço em um calendário que já vai contar com o Lollapalooza, de 24 a 26 de março, o Monsters of Rock, em 23 de abril, e shows grandes que incluem uma longa temporada de Chico Buarque em março e uma saraivada de shows do Coldplay, que remarcou as dez apresentações que faria no Brasil em 2022, inviabilizados por uma infecção pulmonar do vocalista Chris Martin. As seis datas fixadas em São Paulo, para shows no Estádio do Morumbi, são 10, 11, 13, 14, 17 e 18 de março.

A quantidade é tamanha que as pessoas que não têm recursos financeiros para comprar bilhetes para seus shows preferidos criaram, nas redes sociais, o movimento "Please Don’t Come to Brazil" ("Por favor, não venha ao Brasil"), dirigido aos artistas estrangeiros. "Chega de shows confirmados em 2023", diz um apoiador, ilustrando com a figura de uma pessoa sendo "agarrada" pela fatura do cartão crédito.

Estrutura

Para André Coelho, coordenador de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma cidade, para ter capacidade de atrair grandes shows e festivais, necessita cumprir dois principais requisitos: planejamento e estrutura.

Em termos de planejamento, ela precisa que a gestão pública tenha foco no turismo, com a organização da cidade e valorização de pontos turísticos como museus, parques, centro de eventos e espaços para a realização de apresentações musicais. Isso também demanda a união dos setores público e privado, por meio de parcerias.

Do ponto de vista de estrutura, segundo Coelho, a cidade tem vantagens estratégicas. Hospedagem, transporte - interno ou de acesso -, alimentação e a possibilidade de circulação (outros atrativos), segundo ele, garantem a dianteira de São Paulo em relação a outras capitais brasileiras.

"Às vezes, o paulistano acha que o Autódromo de Interlagos (onde ocorrerão o Lolla e o The Town) é longe, mas para quem vem de fora, levar 30 ou 40 minutos em transporte público ou privado é um tempo bem razoável, além de o local ser totalmente acessível", exemplifica Coelho.

Coelho também destaca outro eixo que é uma rede de fornecedores muito bem formada. Ou seja, há quem forneça, por exemplo, sem grande risco de escassez, insumos para restaurantes, colchas e toalhas para hotéis, serviço de som, segurança, instalação de cercas, entre outros.

Segundo a São Paulo Turismo (SPTuris), empresa oficial de turismo e eventos da cidade, a capital paulista tem 80 mil leitos disponíveis, distribuídos em 45 mil unidades habitacionais (apartamentos), que incluem hotéis de diferentes categorias e hostels. Essa soma não leva em conta as vagas oferecidas em aplicativos de hospedagem.

Ainda com informações fornecidas pelas SPTuris, os principais festivais ocorridos na cidade em 2022 trouxeram um impacto importante na economia. O Lollapalooza Brasil gerou uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 687 milhões. A primeira edição do festival Mita, apenas com turismo, movimentou cerca de R$ 15 milhões.

 


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