Sérgio Rojas revisita as milongas em show no Theatro São Pedro

Sérgio Rojas volta a se apresentar em um dos palcos do Theatro São Pedro – o Teatro Oficina Olga Reverbel (Praça Mal. Deodoro, s/nº) neste sábado e domingo, dias 7 e 8, às 19h, com ingressos pelo theatrosaopedro.rs.gov.br. Os espetáculos mais recentes de Rojas no palco do TSP foram "Atemporal" (2019); e "Integridade" (2021). No mesmo local, em março de 2022, Rojas apresentou show em homenagem aos 250 anos de Porto Alegre. Agora, ele retorna às origens para cantar a milonga, ritmo comum às três pátrias pampeanas.

Desde que tocou pela primeira vez na Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1975, com Mário Barbará e Luiz Eugênio; e ganhou o troféu Calhandra de Ouro com a música "Roda Canto", Rojas adotou a milonga como ritmo preferido em suas composições e a mais elaborada é "Caminhada", lançada em dezembro de 1983, na 13ª Califórnia. A música com letra de Colmar Duarte teve interpretação de Ivo Fraga. Rojas voltou muitas vezes ao palco da Califórnia. Em 1985, defendeu "O Tempo e o Vento" e “Amor América”; em 1988, “Mãos Campeiras”; em 1989, “Sangria”. Em 1996, conquistou a Calhandra de Ouro, ao lado do saudoso baixista Ricardo Baumgarten com "Canto e Reflexão para a Província".

Em sua trajetória profissional de quase meio século, Rojas ergueu mais de 200 troféus como melhor compositor, arranjador e vencedor de festivais de música regional do RS. A premiada carreira é marcada por parcerias com grandes poetas, entre eles: Colmar Duarte, Luiz Coronel, Sérgio Napp, Dilan Camargo, Mauro Moraes, Beto Barros e Jaime Vaz Brasil. A caminhada teve início em Uruguaiana, nos anos 70 e chegou a Porto Alegre nos anos 80. Na Capital, Sérgio Rojas cursou Composição da Faculdade de Música da Ufrgs. Como violonista, integrou a primeira formação do grupo de Renato Borghetti. Nos últimos anos, Rojas foi convidado especial e dividiu o palco com artistas como Vitor Ramil, Renato Borghetti, Daniela Mercury, Yamandú Costa, Chango Spasiuk e Fito Paez. 

Em "Milonga", ele será acompanhado por Miguel Tejera (contrabaixo); Xandy Olly (bateria); Diogo Barcelos (piano); e Antonio Flores (guitarra e violão), com participações de Janaína Maia, Zé Caradípia e surpresa no "bis". "O show será uma revisão das canções essenciais do meu trabalho regional. As milongas vencedoras dos principais festivais nativistas estão na gênese, na base criativa daquele importante movimento musical do RS, e isso precisa ser cantado e ouvido para que não se perca... Bamo, bamo! Ninguém nos vence!", brada.