Série da Artéria Filmes sobre direitos humanos tem lançamento hoje

Série da Artéria Filmes sobre direitos humanos tem lançamento hoje

"Do Que é Feito o Caminho: Ações Humanitárias Sem Fronteiras", co direção e roteiro de Pedro Isaias Lucas tem exibição nesta sexta e bate-papo amanhã

Piloto da série composta por 5 episódios narra fatos anteriores ao início do processo de organização do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre

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O piloto de série documental "Do Que é Feito o Caminho: Ações Humanitárias Sem Fronteiras será lançado nesta sexta, 3 de setembro, às 19h, no Vimeo e no site da Artéria Filmes. Amanhã, às 15h, será realizado um bate-papo online sobre o documentário, com Jair Krischke e Omar Ferri, responsáveis pela narração e ativistas do Direitos Humanos. A transmissão será pelo Zoom e as inscrições via Sympla. 

"Do Que é Feiro o Caminho"  (29 minutos) é o piloto de uma série documental de 5 episódios. O primeiro narra fatos anteriores ao início do processo de organização do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre. A narrativa começa com a formação de uma rede de pessoas que auxiliava perseguidos políticos brasileiros na travessia das fronteiras do sul do Brasil com os países vizinhos, depois do golpe de Estado de 1964. O documentário apresenta a maneira como essa rede foi ampliada por consequência dos golpes no Uruguai, na Argentina e no Chile e a necessidade de retirada de perseguidos políticos dos países vizinhos pelo Brasil.

Após ser exibido, o filme continuará disponível no canal e poderá ser assistido posteriormente. Será disponibilizado o recurso de legendas em português, espanhol, inglês e francês. Uma versão com janela de Libras também será publicada


Sobre o Movimento de Justiça e Direitos Humanos

O Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) se originou com as ações de um grupo de resistência ao golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil. A principal missão, naquele período, era proporcionar às vítimas da perseguição o asilo ou o exílio para determinados países europeus. Convencido de que a divulgação dos casos pela imprensa era essencial para preservar a vida dos perseguidos, o movimento sistematicamente denunciava a repressão, prisão e tortura de lideranças dos diferentes setores sociais, vítimas da violência do terrorismo de Estado. 

Quando ocorreu o sequestro dos uruguaios Lilian Celiberti, seus dois filhos menores, e Universindo Diaz, em Porto Alegre, em novembro de 1978, ativistas que viriam a formalizar juridicamente o Movimento de Justiça e Direitos Humanos denunciaram a ação ilegal. O MJDH lutou pela condenação dos policiais envolvidos e pela libertação de Lilian e Universindo. O caso teve repercussão internacional, pois foi o primeiro em que uma clássica ação da Operação Condor foi denunciada, investigada e levada até final condenação.

Com a abertura política em 1979, o MJDH conseguiu formalizar identidade jurídica e atuar na legalidade. Desde então, atua em prol dos Direitos Humanos nas mais variadas áreas: questões indígenas, questões agrárias, discriminação social, xenofobia, racismo, tráfico e venda de crianças, defesa dos direitos da criança e do adolescente, discriminação e violência de gênero, violência policial, violência política, transfobia, homofobia, uso excessivo de agrotóxicos e envenenamento por seu uso indiscriminado, liberdade de imprensa. 

 


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