Saiba mais sobre o Tidal, o novo serviço de streaming comandado por Jay-Z

Saiba mais sobre o Tidal, o novo serviço de streaming comandado por Jay-Z

Plataforma também será administrada por outros nomes de peso da música mundial

Rafa Martins

Jay-Z e Beyoncé durante a conferência que anunciou o lançamento oficial do Tidal

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Desde que foi divulgado oficialmente nesta segunda-feira, o Tidal, novo serviço de streaming comandado por artistas e encabeçado por Jay-Z, vem causando burburinho na internet. Isso porque a conferência que divulgou a plataforma contou com a reunião de nomes de peso da música pop atual, como o rapper, Madonna, Beyoncé, Jack White, Rihanna, Daft Punk entre outros, no que mais parecia o line-up de um grande festival.

Juntos, eles representam uma parcela de artistas que andavam bem insatisfeitos com os mecanismos adotados por empresas do ramo como Spotify, Rdio ou Deezer. Taylor Swift, por exemplo, foi uma das primeiras a demonstrar desinteresse em ceder seus discos de forma gratuita para milhões de usuários do Spotify, ao retirar todas as suas músicas da plataforma no ano passado. Já o ex-Beatle Ringo Starr, também abordou a questão recentemente, ao declarar que suas canções, que ultrapassam os 17 milhões de execuções, lhe renderam um cheque de apenas 12 dólares.

A grande diferença deste que promete “revolucionar” a forma de se consumir música é que quem toma a linha de frente são os próprios artistas ou,  pelo menos, aqueles que já são poderosos dentro do ramo. Comprado por 56,2 milhões de dólares por Jay-Z, o Tidal também vai oferecer a possibilidade de transmissão de músicas no formato “LossLess” (sem perda de qualidade), até então um fator inédito dentre os streamings do ramo.

Em outras palavras, os arquivos compartilhados não serão comprimidos, o que teoricamente garante um som com qualidade idêntica a do CD. Contudo, a dúvida que paira dentre a maioria dos futuros usuários é se essa qualidade será perceptível em dispositivos mais usuais, como smartphones, players portáteis ou computador.

Seguindo essa linha de pensamento, na prática, o Tidal não representaria nenhuma revolução do ponto de vista do consumidor. Ele apenas seria mais uma opção dentre as outras já existentes no mercado. Outra questão a se considerar, e que pode ser um ponto contra a novidade, é que a plataforma, que herdou cerca de 20 mil usuários pagos do antigo dono, não terá a modalidade gratuita.

Sem previsão de chegar ao Brasil, o serviço por enquanto circula pela América do Norte e Europa com valores mensais de 10 dólares para transmissão com formato comprimido, e 20 dólares para streams com qualidade de CD. Por aqui, estima-se que os planos de assinatura girem entre R$ 30 e R$ 60, o que não passa nem perto dos R$ 15 cobrados pelo pacote Premium do Spotify, que ainda conta com a opção gratuita (com propagandas). Só isso, já excluiria uma grande fatia de usuários que não está disposta a pagar pela música. Vale lembrar que dos 60 milhões de inscritos no Spotify, apenas 15 milhões são assinantes regulares.

Contudo, o que pode fazer do Tidal uma ferramenta poderosa, é a possibilidade da exclusividade de obras disponíveis na plataforma, principalmente dos artistas diretamente envolvidos na empreitada. Sua biblioteca promete mais de 25 milhões de músicas e 75 mil vídeos, além de conteúdo inédito com entrevistas e artigos de autoria de especialistas em crítica musical.

Confira o teaser de divulgação da coletiva com os artistas que anunciaram o Tidal nesta segunda-feira:



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