“Sambaracotu” exalta a brasilidade na dança urbana
Espetáculo do Canoas Coletivo de Dança é atração de abertura do Palco Giratório Sesc
publicidade
“Sambaracotu” é o novo trabalho do Canoas Coletivo de Dança que foca a dança urbana afetada por sonoridades brasileiras, criado pela coreógrafa Carlota Albuquerque, o músico e ator Álvaro Rosa Costa e a preparadora vocal e cantora Simone Rasslan. Com participação especial de Alex Gonzaga, que trabalha com projetos sociais em Canoas, homenageia o fotógrafo da cena Cláudio Etges, falecido em novembro passado de Covid-19. As apresentações ocorrem hoje e amanhã, às 21h, no Teatro Renascença (Erico Verissimo, 307), na abertura do 16º Palco Giratório Sesc.
Oito bailarinos e um convidado compõem o elenco da montagem, cujo nome remete à mistura de samba, coco e maracatu. Projeções e câmeras de paneus compõem a cenoragria de Gustavo Dienstmann, responsável também pelo figurino. Remetendo ao rebote, do que cai, mas levanta, a simbologia remete ao brasileiro e também ao artista, que resiste especialmente após uma pandemia. Selecionado para o Ponto de Cultura do Instituto Ling, em 2019, o espetáculo foi recriado. Rosa Costa explica que no início Simone trouxe músicas do cancioneiro nacional e folclóricas e Carlota provocou o corpo dos bailarinos de rua, na intenção de fazer um espetáculo com música brasileira. Estudando o samba, cuja origem é polêmica, encontrou a obra de Mario de Andrade, cuja importância é vital para a música brasileira. Pediu que os bailarinos trouxessem a referência sonora deles e foram construindo a partir desta junção.
Homenagem a Cláudio Etges
“Cláudio Etges tinha um olhar único sobre a dança, cujas imagens eram impressionantes. Hoje ficamos com uma cadeira vazia”, declara Carlota Albuquerque sobre o homeageado, seu amigo e primo, casado com Leta, sua ex-colega de dança. Ela lembra que a primeira vez que Cláudio fotografou, na época aluno no curso de fotografia, foi no grupo Terra, com a presençã de artistas nus, o que lhe causou um certo constrangimento.