Sarau Elétrico recebe cineasta e escritor Boca Migotto
Evento literário e com canja musical, realizado há 25 anos, se inicia às 20h desta terça-feira no Bar Ocidente
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Uma lenda atribui a Mário Quintana a seguinte afirmativa: Cometi dois erros — um, sair do Alegrete; o outro, voltar lá. Terra natal tem isso. Agora foi o cineasta e escritor Boca Migotto. Convidado a ser patrono da Feira do Livro de Carlos Barbosa, ele foi atacado nas redes por uns e outros da cidade e se viu obrigado a desistir. O Sarau Elétrico desta terça-feira recebe Boca Migotto, em uma noite dedicada à cultura do cancelamento, um fenômeno muito contemporâneo.
O Sarau Cancelamentos tem como protagonistas da noite, a comunicadora Katia Suman, o o professor Luís Augusto Fischer e o músico e jornalista Arthur de Faria. O evento literário que ocorre todas as terças à noite no Bar Ocidente (João Telles esq. Osvaldo Aranha) desde o ano de 1999 estreia o seu novo horário hoje, às 20h.
Na super canja da noite está o Pequena Serenata com Liane Tonelotto (vocal), Guilherme Bica (vocal e violão nylon), Rafael Sonic (vocal, violão aço e piano), Ciro Galeão (vocal, guitarra e teclados), Eduardo Raguse (baixo) e Chico de Freitas (bateria). O ingresso pode ser adquirido na hora e os antecipados são via pix pelo katia@radioeletrica.com, pedindo o envio de comprovante para o mesmo email.
O escritor e cineasta Boca Migotto lançou o seu romance “A última praia do Brasil” em setembro de 2023. Após publicar “Na antessala do fim do mundo” (2021) e “Um certo cinema gaúcho de Porto Alegre – ou como o cinema imagina a capital dos gaúcho” (2022), Boca Migotto, conhecido, sobretudo, pelo seu documentário “Filme sobre um Bom Fim” (2015), se utilizou neste novo livro do cenário da fronteira do Brasil com o Uruguai para desenvolver uma narrativa que acompanha o cotidiano de Pedro e sua esposa, Ana, ambos aposentados que decidem abrir mão da vida na capital, Porto Alegre, para curtirem seus últimos anos isolados na Barra do Chuí, próximos ao mar. Ao se mudarem para lá, no entanto, estoura a pandemia mundial de 2020 e o casal se vê isolado dentro de um isolamento ainda maior.
Para o autor nascido em Carlos Barbosa e que construiu carreira, como cineasta, na Capital e Região Metropolitana, além de se debruçar sobre o cotidiano de Pedro e Ana, o seu mais recente livro retrata o fatídico ano de 2020, quando o planeta, e o Brasil em especial, vivenciaram a maior pandemia da história moderna, obrigando países a fecharem suas fronteiras e pessoas a se isolarem em suas casas.
