Scarlett Johansson é heroína do futuro em "A Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell"

Scarlett Johansson é heroína do futuro em "A Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell"

Nova ficção cientifica estrelada pela atriz americana estreia nesta quinta nos cinemas

Lou Cardoso

Atriz protagoniza filme inspirado em mangá

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Mais uma ficção cientifica estrelada por Scarlett Johansson estreia nos cinemas de Porto Alegre nesta quinta-feira. Sua nova aposta é na representação norte-americana de "Ghost In The Shell", uma série de mangá escrita por Masamune Shirow, que também ganhou uma versão animada em 1995 por Mamoru Oshii.

Infelizmente, como em qualquer produção adaptada para Hollywood, a representatividade do lugar de origem acaba sendo a última das prioridades. O que não é nenhuma surpresa no ramo. Afinal, tem que ter o apelo comercial trazendo uma estrela popular protagonizando uma história diferente e que não atrairia nem a curiosidade dos mais indecisos na fila do cinema. Mas a verdade é que como a heroína de "Ghost In The Shell" é um robô, ela poderia livremente ser criada de qualquer forma, gênero e raça. Então, por que não Scarlett Johansson?

Em "A Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell", Scarlett é uma ciborgue militar chamada Major Mira, a primeira de uma espécie criada pela empresa Hanka, que visa experimentar a implementação do cérebro humano em robôs. Mira é a primeira experiência bem-sucedida e se torna uma agente potente da Secção 9 para caçar os diversos cibercriminosos e ciberterroristas que assombram a cidade futurística de Hong Kong.

Entre um caso e outro, Mira questiona a sua própria existência, indaga suas origens e tem vários momentos reflexivos sobre a vida humana. Sem qualquer vestígio de sua vida anterior, ela se empenha na missão de destruir Kuze (Michael Pitt), que é taxado como vilão mas é apenas uma ameaça para tudo que Hanka representa naquele lugar. Porém, Kuze se torna a grande virada no filme e é responsável pela libertação de Mira.

O longa dirigido por Rupert Sander não apresenta novidades em termos de narrativa, sendo fiel à história original. A produção de design é incrível e proporciona cenas impecáveis e alucinantes. O roteiro, infelizmente, traz os famosos clichês sobre o homem versus a tecnologia, discursos que enaltecem que o futuro será dominado pelas máquinas, que o que nos define é o que fazemos e não o nosso passado ou até os "draminhas" deixados para o clímax. Isso acaba deixando a dinâmica preguiçosa durante o desenrolar do filme.

O destaque de "A Vigilante do Amanhã" fica para Scarlett Johansson e Michael Pitt. O segundo por ser o gás da narrativa, além de ser convincente no antagonismo da história e fugindo totalmente do ar de vilão. Já Scarlett não decepciona há anos e neste filme não seria diferente. Ela encontra o equilíbrio corporal e emocional necessário para este personagem 90% robô e 10% humano. A sua expressão séria é carregada do início ao fim, mas o "fantasma" da sua mente, sempre tenta resgatar quem ela realmente foi no passado e lembrar dos seus verdadeiros ideais.

Será que ela realmente está caçando os verdadeiros inimigos? Scarlett consegue transmitir este misto de melancolia e vazio existencial de forma competente ao deixar a personagem neutra neste embate interno. Já que seria muito fácil ela apelar para o exagero ou simplesmente não passar nenhuma emoção ao público. Mas não, a atriz realmente consegue dar o tom e ser a salvadora do filme. Então, se for para criar heroínas revolucionárias e futurísticas - e mais uma vez repito -, por que não Scarlett Johansson?

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