Sedac assina termo de cooperação que busca mapear mestres artesãos do RS

Sedac assina termo de cooperação que busca mapear mestres artesãos do RS

Acordo foi firmado nesta terça-feira e contou com a presença da secretária adjunta e representantes do Iphae, Mars e FGTAS


Correio do Povo

Letícia de Cássia, Gabriella Meindrad, Ary Minotto, José Scorsatto e Eduardo Hahn no encontro

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A secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico do Rio Grande do Sul (Iphae) e do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul (Mars), e a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) assinaram na manhã desta terça-feira (24), no Memorial do RS, um termo de cooperação que busca mapear, através do desenvolvimento de uma metodologia de pesquisa e levantamento biográfico, potenciais mestres artesãos nos territórios gaúchos. A iniciativa também tem o objetivo de sistematizar os dados coletados, para auxiliar no desenvolvimento de outros projetos de valorização dos artesãos, artesãs e do artesanato no RS.

Estiveram presentes no ato de assinatura a secretária adjunta da Cultura, Gabriella Meindrad; o diretor do Departamento de Memória e Patrimônio da Sedac, Eduardo Hahn, que representou o Iphae; a diretora do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul, Letícia de Cássia; e o diretor-presidente da FGTAS, José Scorsatto. A presidente do Conselho Estadual de Cultura (CEC), Alessandra Motta; e representantes do Colegiado Setorial de Memória e Patrimônio do RS e da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional do Estado também participaram do evento, que contou ainda com a presença do artesão caxiense Ary Minotto, de 90 anos, que representou a categoria.  

“Eu, como filha de artesã, de uma mulher que nos criou fazendo artesanato, tenho muito orgulho de participar deste momento e de ver que nós da Secretaria de Estado da Cultura reafirmamos todos os dias o compromisso de reconhecer as pessoas que fazem a cultura no RS. São inúmeros editais lançados, são potencialidades cada vez mais valorizadas em espaços culturais da Sedac - a exemplo do RS Criativo, das feiras na Casa de Cultura Mario Quintana e aqui no Memorial - e agora este termo que valoriza e perpetua os saberes e fazeres dos artesãos e artesãs de nosso Estado”, ressaltou Gabriella Meindrad durante o evento desta terça-feira. 

A secretária adjunta também enalteceu o trabalho técnico do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico do Rio Grande do Sul que, em conjunto com a sociedade civil, contribui para que esses processos cheguem à gestão da Sedac e possam ser reconhecidos. “Graças ao Iphae, a trajetória do seu Ary não será perdida e seus ensinamentos poderão ser passados de geração em geração”, enfatizou.

O termo de cooperação assinado esta manhã tem vigência de cinco anos.


Sobre o artesão Ary Minotto


Cadastrado no Programa Gaúcho do Artesanato (PGA), Ary Minotto iniciou sua trajetória profissional como artesão produzindo barris, em Caxias do Sul. Depois, começou a fazer esculturas e, no final da década de 1950, transferiu-se com sua oficina para Porto Alegre, onde restaurava peças antigas e produzia móveis novos.

O atelier era frequentado por Aldo Locatelli, Erico Verissimo, Leonel Brizola e Ildo Meneghetti, seus amigos e clientes. Na capital gaúcha, Minotto restaurou as portas da igreja da Conceição, montadas em estilo barroco, os confessionários da Igreja do Rosário, o guarda-respeito da igreja Sagrada Família, na Cidade Baixa, e os bancos de cabriúva da Igreja São Jorge. Elaborou, ainda, os altares da igreja Cristo Redentor, de Bento Gonçalves, e da Igreja de Matriz em Coca/SC.

Em novembro de 2014, Ary representou o Rio Grande do Sul na exposição Aquarela Brasileira, no túnel de ligação do Palácio do Planalto, em Brasília, com a peça console entalhado com espelho. O evento tinha o objetivo de representar a diversidade e a qualidade da produção artesanal nacional. A exposição contou com peças de grande porte de artesanato tradicional, arte popular, indígena e quilombola.

Minotto orgulha-se em repassar sua experiência para os mais jovens: “Fiz da arte minha profissão desde os tempos de guri, aos 15 anos. E sempre repassei esse conhecimento para alunos na Casa do Artesão”, contou.

 


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