Seis décadas de rock’n’roll

Seis décadas de rock’n’roll

Os Rolling Stones, que contam com dois integrantes originais, Mick Jagger e Keith Richards, completaram 60 anos em atividade

Chico Izidro

Show dos Rolling Stones no Beira-Rio, em Porto Alegre, em 2 de março de 2016

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A data passou quase despercebida, mas exatamente no dia 12 de julho, os Rolling Stones completaram 60 anos em atividade e na estrada tocando rock’n’roll. Seus únicos integrantes originais remanescentes são Mick Jagger e Keith Richards. Desde 1964, a banda lançou 29 álbuns de estúdio e dez álbuns ao vivo. Foram eles que me fizeram gostar de rock, tanto que levo tatuado no corpo o símbolo do grupo, a lendária língua, criada por John Pasche em 1970.

Em uma quinta-feira, dia 12 de julho de 1962, na casa Marquee Club, na Oxford Street, Londres, que os Stones fizeram o primeiro show da carreira. Naquela noite, o baixista Bill Wyman e o baterista Charlie Watts (1941-2021) ainda não faziam parte da turma. Quem subiu ao palco foi o vocalista Mick Jagger, os guitarristas Keith Richards e Brian Jones (1942-1969), o pianista Ian Stewart (1938-1985), o baixista Dick Taylor e o baterista Mick Avory. A banda surgiu meses antes, quando Jagger e Richards contataram Brian Jones após ver o anúncio do guitarrista na revista Jazz Weekly. O nome foi criado por Jones no improviso durante entrevista para a revista inglesa Jazz News. O entrevistador perguntou qual o nome do grupo, e não havia um. Então ele viu um disco de Muddy Waters, Rollin’ Stones Blues na estante, e mandou The Rollin’ Stones.

Jagger e Richards se conheciam desde a infância, em Londres. Brincaram juntos, estudaram juntos, mas, com o tempo, acabaram se afastando. E foram se reencontrar em uma estação de trem no final dos anos 1950, onde descobriram o gosto comum por música. “Nós nos encontramos na estação de trem e eu estava com um monte de discos de rhythm & blues, que eram artigos valiosos porque ainda não estavam disponíveis na Inglaterra naquela época. Ele disse: ‘Caramba, esses discos são muito bacanas!’. Foi assim que nossa amizade começou realmente”, lembrou Jagger. O caminho para criar uma banda foi um passo.

Meses após o primeiro histórico show, Charlie Watts entrou para a banda, só a deixando quando morreu, em 2021, aos 80 anos. O baixista Bill Wyman também foi integrado em 1962, mas caiu fora em janeiro de 1993. Hoje tem 85 anos. A sua vaga foi ocupada por Darryl Jones, ex-Miles Davis, Cher, Peter Gabriel, Madonna e Eric Clapton.
O guitarrista Bryan Jones morreu em 3 de julho de 1969, aos 27 anos. Jones se afogou na piscina de sua casa, em Cotchford Farm, na Inglaterra. Para seu lugar foi convidado Mick Taylor, que tinha 20 anos. Taylor, hoje com 73 anos, saiu em 1974, por desentendimentos com Jagger e Richards devido aos créditos em algumas composições. Seu substituto foi Ron Wood, que iniciou a carreira em 1964 no The Birds. Hoje com 75 anos, Wood se mantém ativo nos Stones.

O grupo esteve quatro vezes no Brasil, em 1995, 1998, 2006, quando tocaram para mais de 1,5 milhão de fãs na Praia de Copacabana e em 2016, quando até nós, gaúchos, tivemos a oportunidade de ver a banda, que se apresentou em uma noite chuvosa de 2 de março, no Beira-Rio. E os Stones seguem na estrada, hoje na turnê europeia “Sixty”, também chamada “turnê europeia de despedida”, Steve Jordan está substituindo Charlie Watts. Na terça-feira passada, Jagger completou 79 e Keith terá a mesma idade em dezembro. Mês aliás, que de acordo com boatos vindos do centro do país, eles irão se apresentar no Brasil. Datas e locais ainda não foram revelados.


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