Sem banquinho e com violão, Frejat embala corações em Novo Hamburgo

Sem banquinho e com violão, Frejat embala corações em Novo Hamburgo

Turnê chega a Porto Alegre neste domingo com sucessos da carreira do músico

Marcos Santuario

Sem banquinho e com violão, Frejat embala corações em Novo Hamburgo

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Sabe aquele momento em que o artista toca sozinho pra banda descansar nos espetáculos? Este é o show do Frejat que na fria noite deste sábado embalou os corações que lotaram o teatro da Feevale , em Novo Hamburgo. Mas o que tinha aparência de intervalo se tornou show completo.

• Confira entrevista com Frejat

Começou romântico. Luz nele, na voz e no violão. Foi o suficiente pra começar a noite inspirado, revelando em poesia "A Mulher que Não Quero" e, em seguida emendando um "O Que Mais Me Encanta em Você". Só aí falou diretamente ao público e avisou: vou tocar muitas músicas pela primeira vez ao vivo. E o fez. Teve parcerias com Cazuza, com Leoni e outros. Cantou músicas antigas como "Seu Amorzinho", de seu segundo CD. Mostrou a primeira parceria com Cazuza.

Poderia gerar lágrimas, mas já emenda um "Homem Não Chora", poeticamente ilustrado na canção. Avança procurando "Um Amor Que Seja Bom Pra Mim". Entra no "Túnel do Tempo", para a rede invisível lhe salvar. A temperatura sobe quando lembra parceria com Fausto Fawcet em "O Amor é Quente", e se entrega ao público num "Me Perdoa". Relembra Barão Vermelho, parceria com Guto Goffi e mostra "Sombras No Escuro". É aí que pergunta se a plateia está disposta a ir ao "fundo do poço". Traz "50 Receitas", que escreveu com Leoni, e propõe a "Intimidade Entre Estranhos". Com o palco dominado confessa o medo que nunca lhe permitiu gravar o clássico da MPB "Trocando em Miúdos", inspiração de Chico Buarque. Mas encarou. E fez bem. Ao seu estilo rock romântico pulsante.

Confiante caminhou no cenário de luz e largou um "Baby Compre o Jornal", profetizando, com vigor, que o poeta está vivo. Rico em sonoridades, o show chega ao blues e dá lugar ao protagonismo do guitarrista, terminando "Tua Canção" e embalando o "bilhetinho azul de quem foi pra Bahia pois o amor foi engano".

Os espectadores viraram coro com "Por Você" e ficaram embalados no "Amor Para Recomeçar". Seguiram-se as parcerias, e o show termina com "Sobre nós dois e o Resto do Mundo", na hora e meia prevista. Antes do bis, revela o desafio e realização de fazer o show "mais delicado e intimista" e presenteia com "Por aí", do primeiro disco do Barão Vermelho. Emenda com rock and roll e conta os bastidores de "Embriague-se", que nasceu bebendo poesia em Charles Baudelaire.

Entre vinho, virtude ou poesia e música teve até o já consagrado "toca Raul" provocado da plateia. Frejat respondeu, em texto e música: do último disco de Raúl Seixas tocou "Carpinteiro do Universo". E termina com Cazuza, parceria com quem manda todo mundo embora "Pro dia nascer feliz".

Neste domingo revela seus segredos musicais em Porto Alegre, para os românticos e apaixonados que toparem a viagem sonora e poética do roqueiro enamorado. Não espere a banda entrar no palco. Aliás, poucos minutos do começo do show isso já nem importa mesmo.

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