Sepultura faz show gigantesco de despedida em Porto Alegre

Sepultura faz show gigantesco de despedida em Porto Alegre

Repertório cobriu toda a trajetória da banda

Chico Izidro

Banda Sepultura em Poa

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Começando com um clichê, o show do Sepultura na quinta-feira no Auditório Araújo Viana, foi uma verdadeira catarse. Um dos grandes nomes do Thrash Metal mundial e provavelmente o maior brasileiro, a banda mineira apresentou o show de sua turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”, depois de 40 anos de estrada. E pelo que o público, que lotou as dependências da casa localizada no meio do Parque Farroupilha, demonstrou, vai fazer falta.

Com o baterista Greyson Nekrutman, do Suicidal Tendencies, no lugar de Eloy Casagrande, que dias antes do início da turnê decidiu se demitir da banda, Derrick Green nos vocais, Andreas Kisser na guitarra e Paulo Xisto no baixo, não deixaram pedra sobre pedra em quase duas horas de apresentação.

A presença de palco da banda é inegável, e o norte-americano Derrick Green, no grupo desde 1997, se comunicou fácil em português com a plateia. E seu vocal é simplesmente fora da curva - o cara tem um gogó como poucos.

Sepultura no Araújo Viana | Foto: Guilherme Almeida

O repertório praticamente cobriu toda a trajetória do Sepultura, desde os grandes clássicos como "Refuse/Resist", que abriu o show, passando por "Terrritory", "Slave New World", "Phantom Self", passando por pérolas como "Kairos", "Choke", do disco "Against", de 1998, o primeiro a contar com Green, "Sepulnation".

A revisitação abriu espaço para a monumental "Troops of Doom", lá do disco Morbid Visions, de 1986. Nesta hora escutei alguém da plateia dizer: "bah, eu nem era nascido ainda quando eles soltaram esta pedrada". Sim, “Celebrating Life Through Death” tinha pessoas de todas as idades e décadas na audiência.

Sepultura no Araújo Viana | Foto: Guilherme Almeida

E quando eu já ia desistindo, achando que ela não seria tocada, então o Sepultura me brindou com a minha preferida de todos os tempos, a fenomenal "Inner Self", do Beneath the Remains, de 1989.

O show estava perto do final, então veio "Arise", do disco homônimo de 1991. O bis foi de "Ratamahatta" e provavelmente o maior clássico do Sepultura, "Roots Bloody Roots", ambas do Roots, de 1996.
No final, o público presente mostrou extrema satisfação com o show - muita gente pedia para eles voltarem antes de decretarem o definitivo fim lá em 2025. Não vi ninguém com cara triste na saída do Araújo Viana.

Pelo contrário, as pessoas saíram calmamente, conversando sobre os melhores momentos que passaram naquelas duas horas. Sepultura vive.

Sepultura no Araújo Viana | Foto: Guilherme Almeida

O set list completo da apresentação:

Abertura: Polícia (Titãs)
1. Refuse/Resist
2. Territory
3. Slave New World
4. Phantom Self
5. Dusted
6. Attitude
7. Kairos
8 .Means to an End
9. Cut-Throat
10. Guardians of Earth
11. Mind War
12. False
13. Choke
14. Escape to the Void
15. Kaiowas
16. Sepulnation
17. Biotech Is Godzilla
18. Agony of Defeat
19. Troops of Doom
20. Inner Self
21. Arise
22. Ratamahatta
23. Roots Bloody Roots


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