Sob um olhar contemporâneo e pulsante, "Hamlet" entra em cartaz no Theatro São Pedro
Armazém Companhia de Teatro (Rio de Janeiro) apresenta versão de Paulo de Moraes para obra de Shakespeare
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O mítico personagem shakespeareano, vivido por Patrícia Selonk, suscita novas questões sobre o jovem extremamente inteligente, que buscava a verdade, acima de tudo. A história de traição, manipulação e poder se passa na corte dinamarquesa mergulhada na corrupção, no século XVII. Seu pai, o rei, morre misteriosamente e aparece para ele, em forma de visão. Revela que foi assassinato pelo próprio irmão e pede que o filho se vingue do tio, que em um mês casa com sua mãe. Inicialmente, o rapaz duvida e a partir daí passa a investigar, fingindo-se de louco.
“As questões que Shakespeare levantou em 1600 seguem atuais, o que prova que não evoluímos muito. A peça é bem montada e consegue absorver questões de qualquer tempo. Isso diferencia “Hamlet” da maioria das peças já escritas”, diz Paulo de Moraes, sobre a montagem, que veio à Capital em maio últimao, pelo Festival Palco Giratório. A ação se passa em um grande cenário, que lembra um palácio, mas com feição industrial.
O diretor explica, também, que trabalharam com um aspecto holográfico, para que a estrutura envidraçada pudesse receber as projeções de vídeo, do fantasma, por exemplo. Também no elenco, Ricardo Martins, Marcos Martins, Lisa Eiras, Jopa Moraes, Isabel Pacheco e Luiz Felipe Leprevost.