Stones: "Pura 'Satisfaction'. Do começo ao fim"
A magia dos Rolling Stones começa bem antes dos primeiros acorde
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Neste caso, a histórica e visceral sonoridade destes senhores que escreveram suas canções e performances na eternidade da música. Esperar faz parte do show. Desejar a presença e presenciar o que pode ser a última oportunidade de ver, ao vivo, a banda que mudou o rumo do rock mundial.
Para quem estava perto do palco montado no gramado do estádio Beira-Rio, nessa quarta-feira, a magia da proximidade. Pura energia. Para quem estava longe, nas arquibancadas do lado oposto de onde pisava Mr. Mick Jagger, a distância desaparecia a medida em que a musicalidade dos Stones tomava conta de todo o Beira-Rio. Pura "Satisfaction". Do começo ao fim.
A chuva começou quase com o início do show. Tal jovens saltitantes entram juntos e já descarregam rock and roll. Não demoram para convocar: it"s only rock and roll... But i like it .. E não param mais. Apenas reduzem um pouco o ritmo com uma hora de atuação. Desaceleram. E soa a gaita de boca do líder lendário. Mas, somente pouco mais de uma hora e vinte minutos do começo do show é que ele pega na guitarra e destila o rock que tem nas veias. Palco e plateia se fundem. Refrões que se constroem. Chuva que cai. Memória que fica.
Nos muitos celulares alçados sobre as cabeças. Ou empunhados nos braços esticados das selfies com os cantores de luxo ao fundo. Ou mesmo fora do estádio, buscando alguma imagem do show entre grades e portões, enquanto se podia deliciar com o som que saía lá de dentro. Mick, Ronnie Wood (apresentado por Jagger como "o gaúcho"), Keith Richards e Charlie Watts, ao lado dos backing vocals e seus instrumentistas de apoio dão um show de talento, presença de palco e parecem realmente deliciar-se com suas próprias performances. Em pouco mais de duas horas eles fizeram história em Porto Alegre. Verdadeiramente encantando na chuva.