Suposta filha de Dalí é condenada a pagar custos judiciais após exumação
Testes de DNA mostraram que artista não é pai biológico de María Pilar Abel Martínez
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O magistrado condenou a mulher a pagar os custos do processo, sem especificar o valor, que pode ser muito elevado diante da dificuldade da exumação. Em um evento muito midiatizado, o gênio do surrealismo foi exumado 28 anos depois de sua morte do túmulo no qual jaz no Teatro-Museu de Figueras. Tanto ele quanto a autora da ação nasceram nessa cidade catalã.
Os peritos extraíram de seu corpo embalsamado pelos, unhas e dois longos ossos para comparar seu DNA com o de Pilar Abel. Caso essa filiação tivesse sido confirmada, ela teria direito à quarta parte do patrimônio de Dalí, pertencente em sua totalidade ao Estado espanhol.
Durante todo processo, a Fundação Gala-Salvador Dalí criticou a decisão judicial de exumar o corpo do pintor e apresentou um recurso que não foi aceito. A instituição insistiu em que toda a ação se baseava apenas na declaração em cartório de uma mulher que assegurava conhecer o suposto affair entre o artista e a mãe da vidente.
Famoso por obras como "A Persistência da Memória" e "O Grande Masturbador", o pintor catalão morreu em Figueras em 23 de janeiro de 1989, aos 84 anos. Deixou uma herança estimada em 136 milhões de dólares, que incluía propriedades imobiliárias na Catalunha e centenas de obras. Desde essa data, o montante aumentou com produtos derivados e vendas de ingressos.
Durante décadas, Dalí compartilhou a sua vida com Gala, ex-companheira do poeta francês Paul Éluard e musa que aparece em muitos de seus quadros. Eles não tiveram filhos.