Suspense do Brasil e drama suíço

Suspense do Brasil e drama suíço

Nas estreias de cinema se destacam "Dente por Dente" e o filme indicado ao Oscar pela Suíça

Marcos Santuario

Juliano Cazarré e Paolla Oliveira estão em ‘Dente por Dente’, com direção de Júlio Taubkin e Pedro Arantes

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Não é à toa que a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) está preparando um novo livro sobre os 100 filmes essenciais do cinema fantástico do país. Existe uma produção considerável no gênero, e um exemplo disso chega nesta quinta-feira aos cinemas do país. Trata-se de “Dente por Dente”, estrelado por Juliano Cazarré, Paolla Oliveira e Renata Sorrah, com direção de Júlio Taubkin e Pedro Arantes. A distribuição é da Vitrine Filmes e a produção da Glaz Entretenimento em parceria com a Massa Real, ATC Entretenimentos.

Na trama, o suspense com toques de horror ganha força em meio a uma investigação entre as avenidas, hotéis e construções da capital paulista. A temática da violência social e da gentrificação nas metrópoles, com pessoas sendo expulsas de suas casas para construção de grandes empreendimentos imobiliários, ganham uma narrativa contemporânea e onírica. A produção estreou na 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paul, concorrendo na mostra “Novos Diretores”. “Dente por Dente” também participou do Fantastik Festival, recebendo o prêmio de Melhor Longa pelo Júri ACCRJ e Júri Popular. 

O protagonismo da trama é do ator Juliano Cazarré (o mesmo do premiado “Boi Neon”, “Amor de Mãe” e “O Outro Lado do Paraíso”), que vive o truculento mas esperto Ademar. Ele é funcionário da empresa de segurança de Valadares (Aderbal Freire Filho), pai de Joana (Paolla Oliveira). O mote da ação é que juntos, Ademar e Joana investigam as razões da morte do amigo, marido e sócio, Teixeira (na pele de Paulo Tiefenthaler) que está desaparecido

Outra novidade nas telas de cinema, a partir desta quinta, é “Minha Irmã”, drama escolhido para representar a Suíça no Oscar de 2021 como filme internacional. A produção que esteve em pré-estreia na semana passada tem direção e roteiro da dupla de realizadoras suíças Stéphanie Chuat e Véronique Reymond. Lisa é esposa, mãe de dois filhos, e que vive os desafios físicos e psicológicos de cuidar de seu irmão gêmeo doente. Dramaturga em Berlim, acompanha a tentativa de retorno aos palcos do irmão ator, e da difícil convivência dele com a mãe. O estresse vivido a leva a abandonar parte de seus sonhos e, de alguma forma tentar equilibrar dramas familiares e desejos pessoais com as exigências da doença terminal. Parte da trama se desenrola na Suíça, onde seu marido dirige uma escola internacional. Com potente realismo, a produção deixa à mostra sentimentos e frustrações, aliados aos encontros humanos existenciais. Em entrevistas à imprensa, as cineastas revelaram haver-se inspirado na experiência de perder suas próprias mães.

No elenco estão Nina Hoss (a mesma de “A Professora de Violino” e “Sangue de Pelicano”), Lars Eidinger (já visto em “A Jornada” e “Babylon Berlin”), Marthe Keller (atriz de “Pequenas Mentiras Francesas”) e Jens Albinus (ator dinamarquês de “Ninfomaníaca” e da série “Borgen”). O longa teve première no Festival de Berlim 2020, esteve no Athens International Film Festival, German Screen Actors Awards, e foi destaque na 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.


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