Tela apocalíptica para fãs e afins

Tela apocalíptica para fãs e afins

Entre os lançamentos do streaming, as séries em clima pós-apocalíptico ganham oportunidades

Marcos Santuario

Aproveitando o sucesso que as produções sul-coreanas têm feito, ‘Black Night’, baseada no popular webtoon ‘Delivery Knight’, de Lee Young Gyun, é uma das apostas

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Capaz de transformar assuntos delicados em narrativas envolventes, a ficção tem sido um jeito bastante eficiente de lidar com certas situações. Duas séries, de duas das principais plataformas de streaming estão, novamente, apostando nisso. Uma destas novidades é “Black Knight”, nova série sul-coreana que chegou à Netflix recentemente. A trama se utiliza da mistura eficiente de ação e ficção científica para tratar de momento marcante da história enquanto humanidade que vivenciou uma pandemia recente. Funciona como alegoria sobre a realidade que todos viveram durante os períodos mais críticos da doença, cada um com suas individualidade. 
Aproveitando o sucesso que as produções sul-coreanas têm feito no streaming, a exemplo de “All of Us Are Dead”, “Round 6”, “Uma Advogada Extraordinária”. “Black Knight” é escrita e dirigida por Cho Ui Seok e baseada no popular webtoon “Delivery Knight”, de Lee Young Gyun, que foi ao ar entre os anos de 2016 a 2019.
A série se passa quatro décadas após um cataclismo climático transformar a península coreana em um gigantesco deserto. Em síntese, no lugar da Covid, temos um mundo pós-apocalíptico ao melhor estilo “Mad Max” em que os “entregadores” são um misto de heróis e sobreviventes de um sistema bem mais brutal do que a realidade desse mundo caótico. Além disso, “Black Knight” ainda traz alguns grandes nomes do audiovisual coreano. Embora o herói Kim Woo-bin não seja tão conhecido por aqui, temos Esom (Kil Boksoon); Jin Kyung, de “Assassinato”; Kim Eui-sung; e Roh Yoon-seo, de “Intensivão do Amor”. Outro detalhe é que, como boa parte das produções vindas do país asiático, “Black Knight” se constitui em contundente crítica social, mesclando sci-fi de ação. A série pode espelhar também uma realidade com um abismo social gigantesco no qual pessoas como ele foram largadas para viver nesse mar de areia e fadados a lutar para não morrer enquanto há toda uma casta de ricaços que parece estar alheio às desgraças que tomaram o lugar. 

TRILOGIA

A outra série que segue a linha vem pela Apple TV+ e é baseada na trilogia de romances distópicos de Hugh Howey, autor best-seller do New York Times e do USA Today, de “Wool”, “Shift”, “Dust”, “Beacon 23”, “Sand” e “Machine Learning”. Howey já teve livros traduzidos para mais de 40 idiomas, “Wool” e “Beacon 23” devem ir para a TV e “Sand” para a Amazon. A atual produção se chama “Silo” e acompanha a luta das últimas 10 mil pessoas na Terra, isoladas em um abrigo subterrâneo para se protegerem de mundo tóxico e mortal. Aqui já dá pra perceber alguma semelhança com a série da Netflix. Em “Silo”, porém, ninguém, sabe quando ou o motivo pelo qual o local foi construído e o cerne da trama é tentar descobrir, mesmo com consequências fatais. A atriz Rebecca Ferguson, que também produz a série, vive Juliette, uma engenheira que procura por respostas sobre o assassinato de um ente querido e esbarra em um mistério que vai muito além do que ela podia imaginar. O elenco também inclui Common, de “John Wick: Um Novo Dia para Matar”; Harriet Walter, de “Succession”; Chinaza Uche, de “Dickinson”; Avi Nash de “The Walking Dead”; David Oyelowo, de “Selma: Uma Luta Pela Igualdade”; e o veterano Tim Robbins. 


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