"Their Satanic Majesties Request" vai ganhar edição comemorativa de 50 anos

Em exatamente um mês, os Rolling Stones vão lançar uma versão especial de 50 anos do disco "Their Satanic Majesties Request", no qual os ingleses flertaram com a psicodelia. A edição comemorativa contém remixes solo e mono das 10 faixas originais, remasterizadas por Bob Ludwig em vinil 180 gramas e também disco. A capa lenticular assinada por Michael Cooper foi restaurada e o trabalho ainda inclui fotografias inéditas que Cooper fez com a banda durante as gravações.

“Their Satanic Majesties Request" foi considerado a resposta do grupo a "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos Beatles, também lançado em 1967, meses antes. Entretanto, o grupo estava passando por uma fase difícil, com Mick Jagger, Keith Richards e Brian Jones, todos lidando com drogas, e o produtor Andrew Loog Oldham que desistiu do disco durante as sessões de gravação. Embora não tenha sido um favorito dos críticos, o álbum tem seus apoiantes, incluindo Gene Simmons, do Kiss, que na época elogiou seu "senso de aventura".

"Este trabalho deve ser reconhecido como um passo importante no desenvolvimento dos Rolling Stones de uma banda inspirada pelo R&B para os inventores do rock moderno na década de 1970", escreve Rob Bowman no livro de 20 páginas que também está incluído no conjunto comemorativo. O box pode ser adquirido em fase de pré-venda pelo site da Amazon, com valor de 72 dólares norte-americanos.



O álbum apresentava uma estrutura conceitual, com duas partes distintas. A primeira, delimitada pelo Lado A do disco, começa com a “Sing This All Together”. Seguem-se a ela a pesada “Citadel”, “In Another Land”, “2000 Man”, e a longa colagem sonora de “Sing This All Together (See What Happens)”, uma espécie de reprise da primeira música.

A segunda parte começa com “She’s a Rainbow”, um dos clássicos do disco. Daí partem a “The Lantern”, a viajante “Gomper” até chegar em “2000 Light Years From Home”, a música mais famosa do álbum. Por fim, o disco traz “On With The Show”, canção que retrata o ambiente de uma casa de shows noturnos, onde Jagger atua como Mestre de Cerimônias – um conceito que originaria o clássico "Rolling Stones Circus", gravado ao vivo no ano seguinte.