Trágica coincidência dos músicos que morreram aos 27 anos é investigada em peça-filme

Trágica coincidência dos músicos que morreram aos 27 anos é investigada em peça-filme

Com direção de Vera Holtz, Gustavo Leme Guilherme Leme Garcia, "27's" passeia pela biografia de estrelas do rock

Correio do Povo

Personagem interpreta clássicos de seus ídolos: Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse e Jim Morrison

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Há, na história da música mundial, uma coincidência reincidente – trágica e sem explicação lógica – sobre a morte de ídolos, de diferentes épocas, aos 27 anos. Alguma espécie de falta de controle sobre a pulsão de morte parece atingir seu ápice nessa idade. Escrito por Daniela Pereira de Carvalho, com direção de Vera Holtz, Gustavo Leme e Guilherme Leme Garcia, “27’s” é uma investigação sobre essa lendária coincidência, conhecida mundialmente como Clube dos 27. O ator Gustavo Rodrigues interpreta um famoso roqueiro fictício, cuja vida por pouco não se encerra nessa mesma idade, no espetáculo que estreia neste sábado, às 19h, no Youtube, com bate-papo entre a plateia e os diretores. A curta temporada segue deste domingo até a próxima terça, com sessão dupla, às 19h e 21h e ainda na quarta, 19h. O acesso é gratuito. 

Ao longo do espetáculo, um híbrido entre teatro e audiovisual, a trajetória emocional do personagem é atravessada pelas histórias de cinco de seus ídolos mortos aos 27 anos: Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse e Jim Morrison. A dramaturgia passeia pela biografia desses jovens músicos que influenciaram comportamentos e lançaram tendências, numa crítica social que apresenta uma forte conexão com os dias de hoje ao passar por temas como liberdade, feminismo, cultura de consumo, racismo, sexualidade, política e misticismo. 

Gravado no estúdio na casa do ator Gustavo Rodrigues, na Tijuca, (RJ), reúne música, teatro, cinema, ficção e biografias. Uma banda, formada por Tauã de Lorena (guitarra), Laura Lenzi (voz e teclado), Arthur Martau (bateria) e Sandra Nisseli (baixo), faz o acompanhamento, em músicas que dão identidade ao personagem. “Assim como seus ídolos, o personagem do Gustavo é um roqueiro que passou por uma tragédia aos 27 anos. Ele não morreu, mas sua vida praticamente acabou. Fã de música, ele se projeta nessas estrelas se identifica com esse lugar de morte, considerando-se também um membro do Clube dos 27”, explica. 

“Eu toco guitarra desde a adolescência e tive algumas bandas de rock. Fiquei algum tempo longe da música, me dedicando ao teatro, e ‘Billdog’ trouxe de volta essa necessidade de me expressar musicalmente. A dramaturgia da Dani me permitiu inserir um tipo de visceralidade que venho trabalhando em espetáculos como “Trainspotting”, “Laranja Mecânica” e o próprio “Billdog”, diz Gustavo, idealizador do espetáculo. “Sou fã de Hendrix, Jim Morrison e toda essa turma. Vivenciei as mortes de Kurt Cobain, em 1994, e Amy Winehouse, em 2011. Essa mística que envolve o Clube dos 27 sempre me fascinou. Todos foram geniais e viveram, cada um a seu modo, muitas congruências em suas trajetórias, que nos fazem pensar como poderia ter sido diferente se não tivessem nos deixado tão cedo”, imagina. 


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