Um domingo com Matanza Ritual e Massacration na Capital

Um domingo com Matanza Ritual e Massacration na Capital

Duas grandes bandas pesadas nacionais são a atração deste final de semana no URB Stage, em Porto Alegre

Chico Izidro

Massacration é atração no Matanza Ritual, neste domingo, no URB Stage, em Porto Alegre

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Neste domingo, Matanza Ritual e Massacration, duas grandes bandas pesadas do Brasil, se apresentam em Porto Alegre em show que integra a turnê “Mata e Amassa – The Crazy World Tour”. As apresentações terão como palco o URB Stage, localizado na rua Beirute, 45, no bairro Navegantes. A casa abre as portas às 18h30min, o Massacration toca a partir das 19h30min e mais tarde, às 21h30min, é a vez do Matanza Ritual, que tem à frente o vocalista Jimmy London, e apostando num rock áspero, sujo e agressivo. “A rapaziada pode esperar um show muito intenso, um ritual insano. É aquilo tudo que a gente sabe fazer: suar sangue no palco e entregar tudo que a gente pode entregar. O objetivo de fazer um show de rock de verdade, na nossa opinião, é exatamente isso. Vai ter de tudo do Matanza antigo e vai ter do Matanza Ritual também. Vai ter uma porrada de coisa, e a gente dando o sangue", garantiu Jimmy.

Por sua vez, o Massacration, surgido do programa da MTV Hermes e Renato, apresenta um heavy metal clássico. O músico Bruno Sutter, que interpreta o vocalista Detonator, concedeu entrevista para o jornal.

No começo os músicos não curtiam muito a zoação que vocês faziam com a cena metal. Com o tempo isso mudou, mas ainda existem roqueiros que não sabem rir de si mesmos e implicam com o Massacration?

Hoje em dia é muito pequeno esse número de pessoas que têm algum tipo de repulso ao Massacration. Acho que as pessoas entenderam que todos nós do grupo Hermes e Renato, somos muito fãs de Rock e é muito mais uma homenagem do que uma sátira. Então, hoje em dia, claro que nunca ninguém vai ser unanimidade, mas hoje em dia a aceitação do Massacration é muito, muito robusta.

Por que o rock, principalmente o metal, perdeu a relevância e voltou a ser um underground depois de anos de visibilidade inclusive na MTV?

Porque isso é um movimento global. Hoje em dia o rock ficou à margem da mídia porque a base da música pop não é mais o rock. Nos anos 70, 80 até 90 o rock ainda era a base da música pop. Até a música da Xuxa tinha guitarra. Hoje em dia o R&B dá o tom, mundialmente falando, os movimentos de música coreana também e aqui no Brasil muito da música regional, do sertanejo e aqui essa linha do funk, do pop funk também. Então o rock atualmente está à margem justamente por causa desses movimentos onde o rock não está mais no topo da cadeia midiática.

O politicamente chegou a preocupar vocês? Já chegaram a cancelar ou vetar alguma letra temendo reações adversas?

O Hermes e Renato sempre foi muito atento aos movimentos sociais. Então a gente sempre tomou cuidado de não ofender ninguém, pensar muito antes de fazer as nossas piadas. Então a nossa intenção é rir junto com as pessoas e não rir das pessoas. Então a gente sempre tomou esse cuidado.

Voltando um pouco no tempo para falar de Hermes e Renato, se a turma começasse nos dias de hoje, será que conseguiria alcançar o mesmo sucesso dos anos 2000?

Acredito que não, porque hoje em dia a facilidade de você mandar material para grandes mídias é muito grande e a internet virou, a internet se transformou em um grande espaço para a divulgação de mídias. Antigamente as mídias eram muito restritas e a gente estava no lugar certo e na hora certa. Acho que hoje em dia a gente seria mais um grupo nesse grande mar que está aí na internet.

Quais bandas influenciaram o Massacration? Ou o Massacration influenciou todas as outras bandas?

Obviamente nenhuma banda teria capacidade de influenciar o Massacration. O Massacration é quem influenciou todas as outras bandas do mundo.

Detonator é o maior vocalista de heavy metal de todos os tempos?

Óbvio.

Quem é o segundo?

Talvez o Ronnie James Dio.

Qual é o melhor público que o Massacration já teve? Que cidade?

Isso é difícil de falar, porque toda cidade tem um carinho muito grande pelo Massacration. Existem situações que a gente ficou mais impactado devido às circunstâncias. Uma que eu nunca esqueço é o Abril Pro Rock, que a gente fez em 2003 ou 2004, acho que foi em 2003, que o público ficou ensandecido com a gente, o show foi tão bacana e tão legal que o pessoal da Deck disse que chegou no final do show e falou, vocês precisam gravar um disco. Foi aquela história de sonho, sabe? Que nem descobriram o Iron Maiden, aconteceu a mesma coisa com o Massacration. Então esse show foi bastante especial porque foi o show que fez com que a grande mídia se interessasse pelo Massacration, nesse show do Abril Pro Rock.

O humor do Massacration alcança qual tipo de público? Qual faixa etária?

O Massacration pega o público adolescente para mais, o público, sei lá, por volta de 16 para cima. O público do Detonator solo já é uma coisa mais infantojuvenil, mas pega a criançada. Mas o público do Massacration é um público um pouco mais adolescente para cima, até por causa do conteúdo da letra que é um pouquinho mais... 16 mais, né?


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