Um festival com o poder feminino

Um festival com o poder feminino

Adriana Androvandi

Prefeito Nestor Tissot e a atriz Alice Braga na confecção do Kikito de Cristal que será entregue em 2024

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Se há algo que se pode resumir do que está sendo a 51ª edição Festival de Cinema de Gramado é que ele homenageou mulheres que trabalham à frente ou atrás das câmeras. Foram homenageadas as atrizes Léa Garcia (in memoriam) com o Troféu Oscarito (ela morreu de infarto no dia em que receberia a distinção, o filho Marcelo Garcia recebeu o troféu pela mãe) e também Laura Cardoso, que recebeu a homenagem nesta sexta-feira. Ingrid Guimarães recebeu o Troféu Cidade de Gramado na quinta. Na sexta, Lucy Barreto foi laureada com o Troféu Eduardo Abelin e Alice Braga recebeu o Kikito de Cristal. Na tarde de sexta-feira, Alice Braga participou da preparação do próximo Kikito de Cristal na empresa Cristais de Gramado. 


Alice Braga, que está com 40 anos estava bonita, bem maquiada e vestida, com um vestido azul. Ela se disse feliz com esta homenagem do Festival. “Estou muito feliz de estar aqui. É uma honra", afirmou a atriz. Sobre sua carreira, ela destacou o filme "Cidade de Deus", por ser sua estreia no cinema. "O primeiro a gente nunca esquece", ressaltou. Também lembrou de outro filme brasileiro"Cidade Baixa", no qual contracenou com a dupla de atores baianos Wagner Moura e Lázaro Ramos. No exterior, a atriz contracenou com o norte-americano Will Smith em "Eu sou a Lenda". Sobre os diretores com quem gostaria de trabalhar, ela citou Kleber Mendonça Filho, de "Bacurau" e da produção exibida em première em Gramado, “Retratos Fantasmas”. A respeito do momento de celebração, Alice disse: "Poder celebrar tudo o que construí e conquistei junto do público é muito especial, porque o trabalho que a gente faz é para o público".

 

Além desta força e empoderamento feminino nas homenagens em Gramado, os filmes exibidos também apresentaram protagonistas femininas fortes. Vera Holtz pela interpretação em “Tia Virginia” desponta como favorita ao prêmio de Melhor Atriz. A cinematografia exibida nas Mostras fez estarem bem representados os indígenas, negros e outros grupos que marcaram a diversidade na programação do festival. A premiação será hoje, 21h, no Palácio dos Festivais.

 

MUSSUM 

 

A noite de quinta teve a exibição do longa "Mussum - O Filmis" no Palácio dos Festivais. A sessão foi bastante aplaudida e causou emoção na plateia. A biografia do comediante Mussum (1941 - 1994) é apresentada desde a sua infância no Rio de Janeiro. O protagonista é interpretado por três atores, em diferentes fases da vida. Quando criança, é vivido por Thawan Lucas e, na juventude, por Yuri Marçal. Ambos se mostram revelações na dramaturgia, indicando que podem ter um futuro promissor na carreira. Na fase adulta, Ailton Graça encarna Mussum e desponta como favorito ao Kikito de Melhor Ator, apresentando uma interpretação intensa e sensível ao mesmo tempo.

 

A proposta do filme é apresentar Antônio Carlos Bernardes Gomes, o artista além do que se viu nos programas televisivos de humor dos "Trapalhões". Quando menino, foi colocado no colégio interno pela mãe, porque ela tinha de trabalhar como faxineira e não tinha com quem deixar o filho. Essa atitude dela acabou permitindo que o menino estudasse. A mãe queria que ele seguisse a carreira militar, por ser um emprego estável, no que ele trabalhou por um tempo. Graça considera uma "missão" contar a história, que também aborda a relação de Mussum com a escola de samba Mangueira. "O filme é uma 'dramédia', comentou o ator, destacando que alterna drama e humor.


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