"Valsa #6" volta a Porto Alegre para duas apresentações
Sessões ocorrem no Teatro do Bourbon Country
publicidade
Para encenar o único monólogo de Nelson Rodrigues, de 1951, a atriz Gisela Sparremberger é o ponto de partida para uma experiência sensorial, na qual o público faz parte do show e deve vestir roupa branca, ficando coberto da cabeça aos pés. O intuito é fazer o espectador mergulhar na história de uma jovem pianista que viveu um sonho trágico e agora revisita fragmentos da sua vida, após a morte.
No original, a trama se desenvolve enquanto era tocada a “Valsa nº 6”, de Chopin. Como se trata de Nelson Rodrigues, as recordações revelam assassinato, adultério e conflitos entre o real e o imaginário.
Segundo Caco, Nelson Rodrigues dá vida à morte, desafiando esta discordância fatal. O excesso de personagens, criticado pelo escritor pernambucano na dramaturgia em geral, é resolvido, nesta montagem, por uma atriz individuada, ao mesmo tempo, múltipla, cabendo nela a cidade inteira e seus sentimentos.