Velório de Bebeto Alves: família, amigos e fãs se despedem do músico

Velório de Bebeto Alves: família, amigos e fãs se despedem do músico

Cerimônia está sendo realizanda no Theatro São Pedro, até às 15h, desta quarta-feira, dia 9

Correio do Povo

Familiares recebem condolências

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O velório do corpo do músico Bebeto Alves está sendo realizando no Theatro São Pedro, até às 15h, desta quarta-feira, dia 9. A cerimônia está aberta para os fãs se despedirem do cantor e compositor.

Após encerrar as homenagens no Theatro São Pedro, o corpo do artista será levado ao Crematório Metropolitano, onde está marcada uma cerimônia reservada a familiares.

Bebeto Alves morreu na madrugada desta segunda-feira, dia 7 de novembro, aos 68 anos. O artista enfrentava um câncer de pulmão, agravado por uma embolia, vindo a falecer no hospital Dom Vicente Scherer, em Porto Alegre, onde estava internado.

No segundo semestre deste ano, Bebeto retomava a agenda de shows. No entanto, ele sofreu dois AVCs e foi internado na UTI da Santa Casa de Porto Alegre. Há um ano, o músico teve trombose pulmonar. Em 2013, recebeu um transplante de fígado.

Muito emocionado o jornalista e músico Jimi Joe desabafa que é uma coisa maluca perder um amigo. "Conheci Bebeto, eu tinha 18 anos e ele 19 anos no palco do Teatro de Câmara.  O Bebeto era um cara muito bom, fantástico, criativo, genial. Foi uma honra ter convivido com ele". Em 2013, eles se uniram em Los3Plantados, projeto que começou quando Jimi precisou fazer internações depois de realizar o seu transplante. Zangado com a vida, Jimi ouviu de uma amiga: "O Bebeto transplantou e Kim Jim também; eles estão bém...vocês podiam fazer uma banda para promover a doação de órgãos". Juntos, o trio dizia: "Nós não somos uma banda, somos uma causa em andamento".   

Ernesto Fagundes destaca que Bebeto era um artista único que promovia a união de diversos estilos, passando pela milonga, rock e canto árabe, com liberdade e criatividade. Ele reflete neste momento do adeus: “Hoje nos despedimos da figura de Bebeto, mas sua arte vai ecoar para a nova geração, por ele ser revolucionário, aberto e estar sempre a frente de seu tempo”.

Além de músico, Bebeto se dedicava às artes visuais. Sua exposição “Nu” está em cartaz até dia 13, na Aldeia Sesc Capilé em São Leopoldo, com curadoria de José Francisco Alves, que revela que as finalizações da mostra foram feitas quando Bebeto já estava hospitalizado. Mesmo assim, ele continuava decidindo sobre o processo da mostra. O conjunto exposto trata da questão da ausência e da lembrança, do que uma vez foi um corpo e suas formas, os seus conteúdos desaparecidos.

Francisco diz que Bebeto marcou uma geração com suas músicas, inclusive ele, seu fã. E como artista visual,  teria muito a avançar.  “Bebeto usava a fotografia como ponto de partida para sua criação. As imagens eram transformadas e reprocessadas com as infinitas possibilidades da manipulação digital”, detalha.  

O pintor e escritor Ricardo Giuliani salienta que Bebeto como músico e artista visual era um homem energético. “Sua música era repleta de experimentalismo. Bebeto pegava o que estava acontecendo e já integrava em sua obra, o que resultada na união de muitos estilos”. 

Pela manhã, entre amigos e fãs, também passaram pelo o local os músicos King Jim, Frank Jorge, integrantes da banda Cachorro Grande e Hique Gomez. 


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