Vibradores roubam a cena no Festival de Cinema de Toronto

Vibradores roubam a cena no Festival de Cinema de Toronto

Protagonizado por Maggie Gyllenhaal, "Hysteria" trata da invenção do aparelho

AFP

Equipe apresentou filme no Festival de Toronto

publicidade

Os vibradores viraram o tema dominante do Festival de Cinema de Toronto, após a estreia, na quinta-feira, de "Hysteria", filme protagonizado por Maggie Gyllenhaal e dirigido pela americana Tanya Wexler sobre a invenção do aparelho. A comédia romântica narra a verdadeira história de como dois médicos de Londres, interpretados por Hugh Dancy e Jonathan Pryce, criaram o dispositivo para tratar mulheres que sofriam de histeria nos anos 1880.

Fisicamente esgotados com as massagens pélvicas que faziam nas pacientes para aliviá-las de dores abdominais, eles inventaram um aparelho motorizado com o protótipo de um espanador giratório para acelerar o clímax. Sem querer, o resultado contribuiu também para a independência sexual das mulheres.

Wexler contou que, durante as filmagens, a maioria das mulheres do elenco e a equipe tinham uma própria história sobre vibradores. "Foi estranho que todas dissessem que ficaram tímidas na primeira vez", contou a cineasta.

Inicialmente vendido como um dispositivo médico ou eletrodoméstico em lojas como Sears ou através de revistas como "Good Housekeeping", o vibrador logo se tornaria um "brinquedo sexual" e passou a ganhar nomes como a "varinha mágica Hitachi" ou "coelho", tornando-se disponível em sex shops. "Agora é mais comum", contou Wexler. "Ainda assim, fazer piada sobre o vibrador é muito mais subversivo do que pornografia na Internet", acrescentou.

Vibradores como presentes

Durante as filmagens, Wexler disse ter presenteado todos no set com vibradores. Ela confidenciou que os presentinhos provocaram um certo constrangimento no funcionário de controle de bagagens do aeroporto londrino de Heathrow. "O oficial disse, 'você tem 20 ou 30 pequenos dispositivos eletrônicos na bagagem' e eu respondi, 'sim, são vibradores', ao que ele declarou, 'Siga adiante'", lembrou o cineasta. Já Gyllenhaal contou que, ao final das filmagens, ganhou um monte de aparelhos de presente dos amigos.

Segundo Dancy, o que provocou mais risadas no filme foi "o fato de que os médicos (em 1880) diagnosticavam a sério uma doença não existente (a histeria) e faziam o que faziam sem nenhuma preocupação e sem ver nada de sexual nisso". "É assombroso", comentou. O filme lembra ainda que os médicos continuaram diagnosticando a doença até 1952, quando ela foi retirada dos textos científicos.

Assista ao trailer:


Bookmark and Share

Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quarta-feira, dia 1 de maio de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895