Violência doméstica é tema de roda de conversa da peça "Cascavel"

Violência doméstica é tema de roda de conversa da peça "Cascavel"

Evento virtual conta hoje, 20h30min, com as participações da pedagoga Regina Célia, cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha e da advogada Chis Oliveira, especialista na Lei Maria da Penha

Correio do Povo

Atrizes Fernanda Heras (esquerda) e Carol Cezar em cena da peça "Cascavel", baseada em histórias reais

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A pedagoga Regina Célia, cofundadora e vice-presidente do Instituto Maria da Penha, e a advogada Chis Oliveira, especialista na Lei Maria da Penha, participam da roda de conversa do espetáculo “Cascavel”, com as atrizes Carol Cezar e Fernanda Heras, nesta quinta-feira, às 20h30min, no perfil da peça no Instagram (@cascavelapeca). Regina Célia atua como diretora pedagógica e de projetos na unidade do Instituto Maria da Penha em Recife (Pernambuco) e criou o Programa Defensoras e Defensores dos Direitos à Cidadania (Programa de Formação no Enfrentamento a Violência Doméstica). Já Chis Oliveira é vítima de violência doméstica e criadora da página de Instagram Justiça pra Elas (@justicapraelas). O evento será transmitido no perfil da peça no Instagram @cascavelapeca.

Segundo a Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340, de 7 de agosto de 2006), existem cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. A história de “Cascavel” mostra ao público diferentes maneiras que essa violência pode se manifestar e como afeta a vida das duas personagens. “Além da violência física, há muitos outros tipos de abuso pelos quais a gente passa e só vai entender muito tempo depois. Os danos psicológicos são enormes. A sensação é de perda de autoestima e de que a nossa personalidade vai desaparecendo. Como ficam essas mulheres depois de passar por isso? Esse é um conflito universal”, declara a atriz Fernanda Heras. A peça detalha o comportamento de James com Suzy e Jen, as manipulações que levam as personagens a viverem com dúvidas e inseguranças e o desfecho desses relacionamentos. É importante lembrar que a violência que uma mulher sofre não termina quando o agressor é preso ou afastado. Ela, muitas vezes, tem que lidar com as sequelas daquela agressão ainda por um longo período. A gente quer que as espectadoras possam olhar para aquelas cenas e sentirem que têm voz.”, completa a atriz Carol Cezar.

“Cascavel” foi escrita pela inglesa Catrina McHugh, em 2015, para colocar em cena os horrores do feminicídio. Dirigida por Sérgio Ferrara, ganhou sua primeira versão brasileira e está em cartaz pela plataforma Sympla, com as atrizes Carol Cezar e Fernanda Heras, que expõem os diferentes tipos de abuso possíveis em um relacionamento. A obra pode ser vista diariamente, a qualquer horário, até 22 de agosto – o espectador terá acesso a uma gravação realizada em julho no Teatro Poeira, no Rio de Janeiro. Baseada em histórias reais, foi originalmente desenvolvida como parte de um programa de treinamento para aumentar a conscientização de policiais da cidade de Durham, no nordeste da Inglaterra, onde as mulheres não tinham voz. A lei do Reino Unido foi alterada há seis anos para tornar o controle coercitivo em relacionamentos um crime. É a primeira vez que o espetáculo é montado fora da Grã-Bretanha. Sem linearidade, com cenas que intercalam o passado e o presente, o texto é construído a partir de depoimentos das duas personagens.

 

 

 


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