Volta ao essencial de António Zambujo em Porto Alegre

Volta ao essencial de António Zambujo em Porto Alegre

Cantor e compositor português mostra show em voz e violão amanhã no Teatro do Bourbon Country

Luiz Gonzaga Lopes

António Zambujo apresenta as 13 canções do seu novo álbum e algumas das suas mais populares

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O cantor e compositor, António Zambujo apresenta o show da turnê do nono álbum, “António Zambujo Voz e Violão”, nesta quinta, dia 4, no Teatro do Bourbon Country (Tulio de Rose, 80), às 21h. Ingressos pelo uhuu.com ou na bilheteria do teatro. “Voz e Violão” tem 13 faixas e apesar de ter sido concebido antes da pandemia de Covid-19, vai acabar sendo sempre associado a este tempo de volta ao essencial, “um tempo que nos provou o quanto somos frágeis e o quanto precisamos de nos repensar numa urgência do que é essencial”, como disse o jornalista português Luis Osório. 

A obra sucede ao aplaudido “Do Avesso” e teve inspiração no disco do Pai da Bossa Nova, João Gilberto, “João Voz e Violão”, de 1999. “O disco estava pensado antes da pandemia por conta do disco anterior, ‘Do Avesso”, que tinha uma estrutura grande para shows. Eu estava querendo fazer um reset, mas acabou que foi lançado durante um dos desconfinamentos, em uma das variações do vírus em 2021”, afirma Zambujo.

O álbum começa com “Lote B”, canção de Pedro da Silva Martins e Luís José Martins e segue como “Visita de Estudo”, com uma poética que lembra a Lisboa de outrora com versos de Maria do Rosário Pedreira: “Ah que saudade tão boa que me trouxesse à memória/ E uma excursão a Lisboa na escola preparatória/ Na Sé, fizeste-me olhinhos/ Deste-me a mão no Castelo/ Em Alfama com carinho/ Ajeitaste meu cabelo...”.  Ele lembra que o repertório do show terá as 13 canções do disco, mais as músicas que o público pedir ou que der vontade de tocar. “Este meu show não tem roteiro. Quero tocar e cantar as músicas que me dão prazer e o que o público gosta”, destaca. 

O fato de estar apenas Zambujo e o seu violão remete ao documentário “Visita de Estudo”, dirigido por Michael Matias e Patrícia Amaral, no qual o músico visita alguns locais simbólicos do seu Alentejo (Zambujo nasceu em Beja no Baixo Alentejo em 19 de setembro de 1975) e toca em pequenos povoados a céu aberto para um público menor. “Eu procurei estar em espaços menores, registrando que é importante a descentralização da cultura em locais mais distantes dos grandes centros e o regresso às raízes e às pessoas que fomos agregando ao longo do percurso, da carreira”, comenta. 

No documentário, Zambujo fala do rio Guadiana que banha a localidade de Pomarão, chamado de Rio Grande do Sul. “Além de lembrar do rio de minha terra, este é o estado onde se faz o melhor churrasco do mundo, isto não tem discussão, e onde nasceu um dos maiores compositores da história, Lupicínio Rodrigues”, frisa o português, que é amigo de Adriana Calcanhotto, Yamandu Costa e Vitor Ramil, que fará uma participação no show de Florianópolis, nesta sexta-feira, 5, no Teatro do CIC. Entre as canções que devem aparecer em Porto Alegre estão “Rosinha dos Limões”, “Sinais” e “Como 2 e 2”, de Caetano Veloso, além de “Nem às Paredes Confesso” e “Catavento da Sé”. 

 


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