Warner e administradores da obra de Tolkien resolvem processo por exploração digital

A Warner Bros. e os administradores da obra de J. R. R. Tolkien resolveram uma disputa judicial pela "exploração digital" de "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis". Conforme informações do The Hollywood Reporter, o processo de 80 milhões de dólares começou em 2012, quando a Tolkien Estate e a editora HarperCollins acusaram a Warner Bros., sua subsidiária New Line e a Saul Zaentz Co. de quebrarem o contrato estabelecido para o uso de personagens dos livros em produtos digitais, como jogos eletrônicos.

A acusação teria alegado que o contrato, firmado há décadas, previa que o estúdio poderia criar apenas mercadorias "tangíveis" baseadas nos livros e não outros produtos que pudessem prejudicar a imagem da franquia e o legado de Tolkien. Sendo assim, a Warner teria quebrado o acordo ao "explorar digitalmente" a franquia e lançar jogos de baixa qualidade - o exemplo citado foi "Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring: Online Slot Game".

Conforme um porta-voz da Warner Bros. citado pelo Holywood Reporter, "as partes estão satisfeitas por terem resolvido amigavelmente este assunto e esperam trabalhar juntas no futuro". Esta, no entanto, não foi a primeira vez que a Terra Média foi parar na justiça. Em 2009, a produtora da Warner Bros. e os administradores da obra do autor se envolveram em uma briga pela participação nos lucros, chegando a um acordo fixado em mais de 100 milhões de dólares.