Werner Schünemann estreia monólogo hoje no Theatro São Pedro
“O Espantalho”, com direção de Bob Bahlis, traz uma grande jornada sentimental que envolve pai e filho
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O ator Werner Schünemann apresenta seu primeiro monólogo “O Espantalho” nesta sexta-feira, às 20h, no Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/n). Com direção de Bob Bahlis, a curta temporada terá também sessões no sábado, às 20h, e domingo, às 18h. Em estreia nacional, o espetáculo marca o mês dos pais e é uma grande jornada sentimental em meio a escolhas difíceis que envolvem pais e filhos. Ingressos no site do TSP.
Após a sessão de sábado, Luciana Pavão Kroeff (psicanalista), Euclides Gomes (médico psiquiatra) e Júlio Conte (psicanalista e diretor de teatro) participam de bate-papo com reflexões sobre a temática da obra.
Bahlis deu início ao texto, que chegou ao final com as percepções de Schünemann. O encontro dos artistas gaúchos não se dá por acaso e a diferença geracional revela-se como ingrediente especial que permeia toda a concepção e a montagem.
Schünemann interpreta um ator bem-sucedido, que vai ao sítio do pai jogar as suas cinzas. Ao chegar na horta cultivada pelo patriarca, ele se depara com um espantalho e caixas de madeiras com objetos pessoais, que revelam vestígios de sua vida e de suas relações.
Werner afirma:
“Sempre achei que devemos buscar uma sociedade igualitária, mas sinto também que o papel masculino dentro da sociedade, que foi construído, ao longo de milênios, sobre o patriarcado, a opressão e o machismo, em breve não vai mais existir”.
O personagem faz um exercício de recriação de sua memória, debruçando-se sobre a complexa relação estabelecida com o pai, desde a infância até a vida adulta. Entre as lembranças estão o internato, primeiras relações amorosas, o casamento, a chegada do filho, a perda da mãe e reflete ainda sobre a finitude humana.