Zeca Baleiro é recebido com recorde de público no Festival Internacional Literário de Gramado

Zeca Baleiro é recebido com recorde de público no Festival Internacional Literário de Gramado

Músico volta ao FiliGram nesta quarta-feira, em bate-papo com o escritor português Afonso Cruz

Henrique Massaro

Músico conversou com o público e tocou alguns de seus principais sucessos

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Um dos nomes mais aguardados da primeira edição do Festival Internacional Literário de Gramado (FiliGram), o músico Zeca Baleiro contagiou o público na noite desta terça-feira, na Serra Gaúcha, na noite de maior participação do público desde o início do evento. Com a maior parte dos lugares do auditório principal lotados, o compositor contou algumas das histórias que estão reunidas em seu livro recém-lançado “Memórias do Estaleiro”, que traz fotografias reunidas desde o início de sua carreira. Além de autografar a obra, o autor respondeu a perguntas da plateia e, claro, tocou e cantou alguns de seus principais sucessos.

“Samba do approach”, de 2002, resultado de sua parceria com Zeca Pagodinho, foi uma das músicas que embalaram o público, assim como “Telegrama”, do álbum Pet Shop Mundo Cão, também de 2002. Ainda houve tempo para "Canção IX", de seu disco "Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé", de 2005, cantada por Mônica Salmaso, e duas canções do disco “Zoró, Vol.1 (Bichos Esquisitos), que reúne composições para o público infantil: “Tubarão Que Toca Tuba” e “O Ornitorrinco”.

Um dos casos relembrados pelo autor – e que está registrado e relatado em seu livro – foi o seu encontro com a poeta e dramaturga Hilda Hilst. Zeca contou que a autora abrigava muitos escritores na sua Casa do Sol, em Campinas, onde viveu reclusa por quase quatro décadas. Através de um autor que conheceu logo que lançou seu primeiro disco, “Por Onde Andará Stephen Fry” (1997), o compositor enviou um exemplar para ela. Hilda Hilst não só gostou do álbum como enviou toda sua poesia para Zeca musicar, o que resultou em “Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé”, lançado no ano seguinte à morte da autora.

Zeca Baleiro, que, além de cantor e compositor, é cronista, volta ao FiliGram nesta quarta-feira. Às 18h30min, ele senta com o escritor português Afonso Cruz, autor de “Vamos comprar um poeta”, para falar sobre cultura luso-brasileira. Nesta terça, o convidado elogiou a proposta e desejou prosperidade ao evento. Disse, ainda, que Gramado é um cenário perfeito para um festival literário. “As pessoas sempre pensam em cultura como o produto final, o livro, a peça, o filme, o show, mas cultura é tudo. Isso aqui é cultura. A forma como vocês me recebem, a forma como a gente se comunica, como a gente gesticula, cultura é isso tudo. Ou seja, não existe vida sem cultura.”


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