Aplicativo permite que mulheres denunciem assédio nos ônibus em Rio Grande

Aplicativo permite que mulheres denunciem assédio nos ônibus em Rio Grande

Esta é a primeira ferramenta lançada no RS para que as mulheres denunciem assédios ocorridos no transporte coletivo

Angélica Barcellos

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Já está disponível em Rio Grande, no Sul do RS, o aplicativo de celular Juntas Livres do Assédio (JU.LI.A). A ferramenta é gratuita e possibilita que as mulheres denunciem assédio no transporte coletivo em tempo real. A plataforma foi lançada nesta semana e está vinculada ao Sistema de Bilhetagem Cartão Rio Grande. Esta é a primeira ferramenta lançada no Estado para que as mulheres denunciem fatos ocorridos dentro do Sistema de Transporte Coletivo. O app está disponível para Android e iOS. 

“Nos primeiros dados, ainda feitos dentro do programa Virada da Paz, identificamos que grande parte das ocorrências de assédio sexual, quase 20%, ocorriam dentro do transporte coletivo, o que motivou o prefeito Fábio Branco a determinar o desenvolvimento de uma ação específica para esta defesa das mulheres”, diz o secretário municipal de Mobilidade, Segurança e Acessibilidade, Anderson de Castro.

O aplicativo foi desenvolvido pela Prefeitura de Campina Grande (PB), em parceria com a empresa Mobille Bus, e está disponível dentro do app Cartão Rio Grande. Para acessar, a usuária pode ir até a aba "Mais", e o botão aparece na cor lilás. Caso a opção não esteja disponível, basta atualizar o aplicativo Cartão Rio Grande. Se for a primeira instalação do app no aparelho, a JU.LI. A  já estará entre os serviços listados.

 “O seu uso é simples. Ao ser vítima, a usuária acessa o aplicativo JU. LI.A. Após, há uma conversa com o sistema de inteligência artificial, preparado para receber os dados e repassá-los à Central de Controle da Guarda Municipal, que tem uma equipe específica para atender este tipo de ocorrência”, explica o secretário.

Caso a vítima entenda que é necessário, deve liberar o sinal de GPS do celular para a equipe da Guarda Municipal ir até o local, fazer a identificação e capturar o agressor.

“Ficamos muito felizes com o sistema, que é muito bem desenvolvido e planejado e já está há mais de um ano sendo utilizado em outro formato pela Prefeitura de Campina Grande. Temos a expectativa que isto ajude a inibir estas ocorrências. Queremos evitar a todo o custo a importunação e assédio sexual no transporte coletivo”, afirma Anderson de Castro.


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