Biossegurança para manicures: entenda como o procedimento previne problemas de saúde

Biossegurança para manicures: entenda como o procedimento previne problemas de saúde

Cuidados envolvem processos de higiene, limpeza e esterilização de instrumentos e estações de trabalho

Correio do Povo

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Fazer as unhas no salão pode impactar muito mais do que somente a beleza e a autoestima, já que o procedimento feito no ambiente com alta rotação de pessoas pode apresentar riscos para a saúde. Para além das técnicas de esmaltação, manicures e pedicures precisam dominar as técnicas de biossegurança para evitar a transmissão de doenças, como micoses e hepatite C. Essas ações, quando colocadas em prática, cuidam não apenas da saúde das clientes, mas também das próprias profissionais.

A não utilização de EPIs, como luvas descartáveis e o uso de utensílios para fazer as unhas de diversos clientes, aumenta o risco de contaminação por doenças que se propagam pelo contato. A micose, por exemplo, pode ser transmitida por meio de cortadores, alicates de cutículas e de unhas, lixas e toalhas úmidas, caso estes materiais tenham tido contato com unhas contaminadas.

O Ministério da Saúde aponta que a contaminação por hepatite C em salões de beleza pode ocorrer em caso de falha de esterilização de equipamentos de manicure. Isso porque, caso uma pessoa com o vírus se fira utilizando um alicate sem esterilização correta, o objeto poderá ser meio de contágio para outro cliente.

Para Vanessa Castro, especialista em unhas do Instituto Embelleze, aprender sobre as técnicas de biossegurança é um dos passos mais importantes durante o processo de formação de novos profissionais. “Neste tópico do curso, sempre explico para os meus alunos que precisamos entender que tão importante quanto o resultado final de uma unha bonita e bem feita é zelarmos pela saúde da nossa cliente, com cuidados básicos que não podem passar batido no dia a dia do salão”, ressalta.

A manicure afirma que os cuidados são básicos justamente por envolver processos de higiene, limpeza e esterilização de instrumentos e estações de trabalho entre uma cliente e outra. “A princípio, você pode até pensar que é muito oneroso e trabalhoso utilizar uma toalha e uma lixa para cada cliente, ou deixar o alicate inutilizado por cerca de 40 minutos para fazer a esterilização. Mas esses cuidados precisam fazer parte da rotina de todo profissional, só assim é possível fazer um trabalho bem feito e com segurança”, diz. 

As clientes também precisam ficar atentas quando forem ao salão, para se certificar de que a profissional está utilizando objetos esterilizados e descartáveis novos.

Confira ações que precisam ser colocadas em prática:

EPI: a manicure deve utilizar luvas descartáveis;

• Esterilização de alicates, cortadores e espátulas: é indicado que os objetos sejam esterilizados em autoclave, máquina que fará a esterilização a vapor, pelo tempo aproximado de 40 minutos;

• Recipientes para deixar pés e mãos de molho: a preferência é que sejam descartáveis, ou que sejam forrados com plástico, para evitar o contágio por doenças fúngicas, como as micoses;

• Lixas e palitos: devem ser descartáveis e não reutilizados em vários clientes;

• Superfícies de trabalho: bancadas, mesas e cadeiras devem ser limpas;

Esmaltes e removedores: é preciso estar atento à data de validade destes produtos;

• Toalhas: não devem ser utilizadas em mais de uma cliente antes de serem lavadas adequadamente.


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