Entenda a relação entre estresse e queda de cabelo e saiba como evitar
Cerca de 42 milhões de brasileiros se queixam de alopecia atualmente, segundo a SBD
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A queda de cabelo é um problema comum enfrentado por homens e mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 42 milhões de brasileiros se queixam de alopecia atualmente. A queda costuma ter início entre os homens a partir dos 20 ou 30 anos de idade, mas também pode aparecer na puberdade, por conta da grande quantidade de hormônios.
Nas mulheres, o problema costuma aparecer a partir dos 50 anos. Elas também podem ser afetadas, principalmente, no pós-parto ou na menopausa, enfrentando assim algum grau de alopecia. E por mais que as causas possam ser variadas, como a genética, o estresse tem sido um dos principais fatores. “Alguns transtornos psicológicos, como o estresse, depressão e ansiedade, podem gerar sintomas físicos, como a queda de cabelo, e a resposta para isso está no cortisol desencadeado pelo estresse ou até mesmo por fatores hormonais”, explica o farmacêutico Maurizio Pupo, especialista em cosmetologia e CEO da Ada Tina.
Segundo ele, a relação entre a queda de cabelo e o emocional está no aumento desse hormônio fabricado pelas glândulas suprarrenais no organismo. “O cortisol interfere diretamente na atividade do folículo piloso, impedindo que o fio entre na fase de crescimento. Desta forma, o estresse pode até se tornar crônico e resultar na atrofia dos fios”, diz.
Porém, é preciso entender que o cabelo não começa a cair imediatamente ao evento estressor ou ao pico de cortisol no organismo. O problema começa a se manifestar cerca de três meses após o acontecimento. E a boa notícia é que diferentemente de outros tipos, a queda derivada do estresse pode ser revertida e os fios voltarem a crescer naturalmente, caso o quadro de estresse tenha passado. Isso pode ocorrer cerca de seis meses após a queda se manifestar.
Como evitar o estresse e a queda de cabelo?
De acordo com Maurizio Pupo, adotar medidas que reduzam os níveis de estresse, como a prática regular de atividades físicas, meditação e alimentação saudável, pode ser um ótimo começo. Porém, o especialista ainda reforça que é necessário verificar se a pessoa que está sofrendo com a queda de cabelo por estresse não apresenta outros problemas de calvície, como a alopecia androgenética (calvície, na qual os sintomas podem começar a surgir ainda na adolescência) e a alopecia areata (processo inflamatório na raiz do cabelo).
Feito isso, é hora de começar o tratamento, que pode envolver o uso de medicamentos para queda de cabelos aplicados diretamente no couro cabeludo, suplementação de vitaminas e shampoos ou loções antiqueda. “O tratamento, de maneira geral, deve envolver também a redução do estresse, tratamento da ansiedade ou depressão e o equilíbrio emocional”, reforça o farmacêutico.
Dicas para manter os cabelos saudáveis:
- Mantenha sempre os cabelos limpos e higienizados, desde o couro cabeludo até as pontas, fazendo uso de um shampoo e um condicionador de qualidade e ideal para seu tipo de cabelo e necessidade do momento;
- Evite prender os cabelos molhados. Esse hábito pode favorecer o surgimento das caspas, além da proliferação de fungos e bactérias que enfraquecem a raiz;
- É importante também evitar lavar os cabelos em água muito quente, pois isso provoca o ressecamento do couro cabeludo, o que vai aumentar a queda dos fios de cabelo.
- A alimentação também influencia muito na saúde dos fios. Tente se alimentar da forma mais equilibrada, de acordo com as suas possibilidades. Mantenha o consumo de vitaminas, minerais, fibras e proteínas. Evite frituras e gorduras ruins em excesso, açúcar de modo geral e álcool, pois esses elementos podem acelerar a queda dos cabelos;
- Não se esqueça de beber água constantemente durante o dia e tente incluir em seus hábitos alimentares o consumo de oleaginosas e frutas.