Incontinência urinária feminina é comum durante a menopausa; saiba como prevenir

Incontinência urinária feminina é comum durante a menopausa; saiba como prevenir

Condição afeta a autoestima e o convívio social das mulheres

Correio do Povo

Mais de 70% da população feminina em todo o mundo sofre de incontinência urinária

publicidade

A incontinência urinária feminina (IUF) é definida como perda involuntária de urina e possui quatro tipos. Este distúrbio, que pode ser diagnosticado por meio de entrevista médica juntamente com exame clínico, costuma afetar a vida social das mulheres, especialmente a autoestima e o convívio social. Atinge, principalmente, quem está na menopausa.

Segundo um estudo recente da Sociedade Brasileira de Urologia, mais de 70% da população feminina em todo o mundo sofre de incontinência urinária. Já no Brasil, estima-se que de 11 a 23% das mulheres tenham a doença.

Além da menopausa, outras causas são queda do tônus muscular da região pélvica, obesidade, gestação prévia e problemas neurológicos. Segundo o urologista Fábio Tanno, da Prime Care Medical Complex, a IUF pode acometer mulheres de qualquer idade, mas é mais comum durante a menopausa, chegando a 25-50% nessa população.

Tipos de incontinência urinária

De acordo com o especialista, que também é membro da Sociedade Brasileira de Urologia, existem quatro tipos distintos de IUF. Uma delas é a Incontinência Urinária de Esforço, que é a perda involuntária. Acontece quando a mulher faz alguma atividade com esforço físico (pulo, corrida ou musculação). “Pode acontecer até quando ela tosse ou espirra”, diz. A principal causa é a queda no tônus muscular da região pélvica e da uretra.

O segundo tipo é a Incontinência Urinária de Urgência – acontece a perda quando a mulher tem vontade de urinar e não consegue segurar, causada por contração involuntária da bexiga.

Já o terceiro tipo é a Incontinência Urinária Mista, que é a associação dos tipos um e dois. E a quarta e última é a Incontinência Urinária por transbordamento, quando há perda de sensibilidade da bexiga (a mulher não sente que está cheia) e simplesmente "transborda", gerando perdas urinárias involuntárias.

Como é feito o diagnóstico?

Para diagnosticar a IUF, o médico precisa de uma anamnese - entrevista prévia realizada durante a consulta - associada a um exame físico. “Existem outros exames que podem ajudar neste diagnóstico como: estudo urodinâmico, cistoscopia, ultrassonografia das vias urinárias e, por fim, exames de urina”, explica.

Para tratar a incontinência urinária feminina é importante, antes, saber a causa. “O tratamento vai depender disso, mas, podemos contar com fisioterapia pélvica, medicamentos para controle de contrações da bexiga (vesicais) e até cirurgia (nos casos em que se quer melhorar o tônus da uretra), como principais tratamentos”, finaliza.

Como prevenir

Para as mulheres que querem prevenir a IUF, o ideal é controlar o peso, ter um acompanhamento médico - principalmente durante a menopausa - e fazer atividades físicas regulares. Para saber mais sobre a condição e obter ajuda profissional, a especialidade médica sugerida é o urologista ou ginecologista.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895