Taylor Swift no Brasil: entenda a tradição da troca de pulseiras na The Eras Tour

Taylor Swift no Brasil: entenda a tradição da troca de pulseiras na The Eras Tour

Tendência ganhou força no Brasil, onde os fãs contam até com site para ajudar a produzir os acessórios

Camila Souza

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Com as datas da The Eras Tour no Brasil se aproximando, não é apenas a escolha do look e da maquiagem que preocupa os swifties - como são chamados os fãs de Taylor Swift. Quem vai assistir ao show também está se dedicando para a produção das pulseirinhas da amizade, personalizadas com nomes de músicas e cores referentes às eras da loirinha. Os acessórios, feitos com miçangas de plástico, são trocados entre os fãs durante a apresentação.

Em agosto de 2019, depois do lançamento de Lover, Taylor já havia publicado no Twitter uma foto de pulseiras com nomes de suas músicas. Mas a tradição começou mesmo por causa da música “You're On Your Own, Kid”, do álbum Midnights, lançado em outubro do ano passado. Nessa faixa, a artista canta “So make the friendship bracelets, take the moment and taste it”. Na tradução para o português, seria algo como “Então faça as pulseiras da amizade, aproveite o momento e saboreie”.

A tendência ganhou força no início da turnê nos Estados Unidos. No TikTok, por exemplo, os fãs publicam vídeos produzindo as pulseiras e depois saindo das apresentações com os braços cheios destes acessórios temáticos.

O movimento tomou proporções tão grandes no Brasil que os swifties contam até com um site para ajudar a produzir as pulseiras. Pedro Fernandes, estudante de Estatística da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), criou uma plataforma que sugere ideias de acordo com as miçangas de letras que os fãs têm em casa. O site é gratuito e pode ser acessado através deste link

Mariana Loiola, de São Paulo, é uma das fãs engajadas na trend das “friendship bracelets”. A swiftie de 23 anos vai curtir a The Eras Tour em São Paulo e já fez 35 pulseiras, contando com a ajuda da mãe e da irmã. “Quase não vejo as duas por conta da rotina, então, quando sentamos para fazer as pulseiras é quando colocamos o papo e fofocas em dia”, comenta.

O objetivo de Mariana é fazer pelo menos 80 pulseiras para o dia do show. “Percebi que vai ser um momento único, que eu vou estar velha e vou lembrar dele, vou poder dizer que aquele dia eu soube o que é uma parte de viver a vida de verdade, só se divertir, fazer novas amizades sem medo e socializar. Mega acho que isso é uma forma de unir os fãs e expandir as amizades”, afirma.


Mariana Loiola faz as pulseiras da amizade junto com a mãe e a irmã | Foto: Arquivo pessoal

A gaúcha Stefany Jardim, de 25 anos e moradora de Guaíba, vai aos três shows de Taylor Swift em São Paulo. Ela conta que, no início, achou que odiaria o processo de produzir pulseiras, mas acabou fazendo mais de 100 em dois dias. “Não queria ficar de fora do ‘senso de comunidade’ que essa tradição criou. Depois de uns perrengues e de algumas arrebentarem, eu passei a amar. Passei dois dias inteiros focada nisso e foi assim que produzi as minhas. Juro que dá até pena de trocar porque me apeguei a elas.”


Stefany Jardim já fez mais de 100 pulseiras para levar na The Eras Tour | Foto: Arquivo pessoal

Já Marília Bede, de Esteio, vai assistir à The Eras Tour no Rio de Janeiro. Ela decidiu fazer as pulseiras junto com duas amigas mais perto da data para “entrar 100% no clima”. “Compramos miçangas com letras e números, além de cores representativas de todas as eras da Taylor Swift. Pela nossa estimativa, vamos produzir de quatro a cinco pulseiras de cada era”, conta. 

A fã de 26 anos quer fazer acessórios para usar no show e para trocar com outros fãs. Ela destaca o “sentimento de pertencimento” que a troca dos acessórios proporciona. “Esse sentimento me motivou a participar dessa tendência, com a possibilidade de fazer trocas com pessoas que provavelmente nunca mais vou ver, mas que naquele momento estão vivendo algo que, assim como eu, nunca vão esquecer.” Marília complementa dizendo que essa tradição, além de unir os fãs, garante uma experiência “muito mais sensível”.


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