2024, o ano da dengue!

2024, o ano da dengue!

Os números da dengue avançam assustadoramente.

Luciano Zucco

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Em poucos dias vamos superar a marca dos 500 mil casos prováveis em todo o país. Os óbitos também não param de subir. Os principais epidemiologistas do Brasil alertam para o risco da epidemia atual ser a maior da nossa história. Ou seja, o sistema de saúde precisa estar preparado para receber um volume gigantesco de doentes. E não é o que estamos vendo em relação às medidas adotadas pelo governo federal. A vacina já deveria estar sendo aplicada em larga escala, em toda a população, mas até agora temos apenas a promessa do Ministério da Saúde para que a campanha comece nos próximos dias, pelas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, apenas em cidades selecionadas. Importante ressaltar que estudos clínicos mostram que as pessoas vacinadas terão risco 80% menor de adoecer.

Mas já não é mais possível frear a epidemia em curso. A expectativa é de que os casos subam vertiginosamente até o mês de abril. Ou seja, estamos perdendo a guerra para um mosquito que deixa milhares de pessoas prostradas e com dores pelo corpo por vários dias. Quem teve a infelicidade de ser inoculado pelo Aedes aegypti sabe bem dos efeitos terríveis. Já que o governo Lula não fez sua parte, cabe à população brasileira participar dessa verdadeira estratégia de guerra contra o mosquito. A dengue é uma doença que se pega dentro de casa. O mosquito não consegue voar grandes distâncias. Dessa forma, temos que cuidar do local onde vivemos, da nossa vizinhança, para reduzir os focos de mosquito. Acredito que as escolas também podem contribuir nesse sentido, orientando pais e alunos sobre a importância de controlar possíveis focos.

Sem uma ampla cobertura vacinal, fica o alerta para toda a população. Ao aparecer os primeiros sintomas (manchas vermelhas parecidas com alergia, dor no corpo, dor muscular, fadiga, dor muscular, febre e perda de apetite) procure os serviços de saúde. O tratamento da dengue é paliativo, com muita hidratação e medicamentos para dor e febre. A mortalidade por dengue cai muito se os casos forem identificados no início e tratados.


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