A importância dos arquivos
Por: Vinícius Mitto Navarro*
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Esta é a semana em que se comemora no mundo inteiro o Dia Internacional dos Arquivos, época em que diversas instituições promovem eventos que valorizam e destacam os documentos contidos em seus acervos. Para muitos, quando se fala em arquivos, logo se imaginam documentos históricos, registros antigos ou mesmo manuscritos raros. Todos estes estão presentes em instituições que zelam pelo patrimônio documental que órgãos públicos e instituições privadas acumularam ao longo de décadas ou séculos. Documentos de arquivo são aqueles que registram fatos, independentemente de onde estão gravados, em papel, fotografias, áudio, vídeo ou mesmo em ambiente virtual. É justamente os documentos que nos possibilitam acesso à cidadania, garantindo possíveis direitos.
Este 9 de junho, que simboliza a data da criação do Conselho Internacional de Arquivos, é antes de tudo um chamamento a uma maior apropriação por parte de toda a sociedade e da importância dos arquivos, públicos ou privados. Sem arquivos não há transparência pública. Sem documentos não há acesso à informação. E também se faz vital a análise dos arquivos e dos documentos para uma plena implantação da Lei Geral de Proteção aos Dados Pessoais (LGPDP). Em tempos de modernização das empresas e digitalização de processos, faz-se necessária também a inclusão dos arquivos nesta nova estruturação, pois cada vez mais há novos incentivos para a produção de documentos em ambiente unicamente digital, obrigando que a formação e as novas práticas da Arquivologia se debrucem sobre este fazer. São justamente os arquivistas os principais responsáveis por implantar programas de gestão documental nas empresas, norteando assim o bom uso dos documentos, permitindo também a percepção de quais documentos são passíveis de eliminação ou quais de guarda permanente.
O Rio Grande do Sul é um celeiro na formação de arquivistas há mais de quatro décadas por meio dos cursos de graduação em Arquivologia, presentes na UFSM, em Santa Maria, Ufrgs, em Porto Alegre e na Furg de Rio Grande. Uma profissão muitas vezes desconhecida por parte da sociedade, mas que tem em seu labor a grandeza de dar acesso a dados e documentos, por meio de seus sistemas informatizados ou instrumentos de pesquisa, a cientistas, estatísticos, historiadores, genealogistas, pesquisadores acadêmicos e a cada cidadão que busque nos documentos a possibilidade de garantir um direito ou requerer com eles justiça.
* Presidente da Associação dos Arquivistas do RS
