A noite em que um(a) astronauta da Nasa se apaixonou por Porto Alegre

A noite em que um(a) astronauta da Nasa se apaixonou por Porto Alegre

Por: Marcos Felipi Garcia*

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Há poucos dias, fomos surpreendidos com uma linda foto da nossa capital tirada a partir da Estação Espacial Internacional (ISS). Linda, como sempre, Porto Alegre brilha e se destaca. Chama a atenção até a milhares de quilômetros.

Ao ver a imagem, fiquei imaginando o que pensou e sentiu o astronauta, ou a astronauta, que estava com a câmera na mão na noite do dia 4 de julho. Pois bem, me deixem imaginar.

Eram exatamente 20h21min pelo horário de Brasília e, ao longe, a Lua mais parecia um pingente luminoso entre o seio da noite. Então, mesmo diante daquela escuridão, ele(a) decidiu fotografar, ajustou o equipamento e apontou a lente para a Terra.

Havia algumas nuvens atrapalhando a visão, mas, naquele momento, elas se abriram. Foi aí que surgiram diversos, centenas, milhares de pontos luminosos. Algo único, fascinante. Eram veias brancas, luminosas, pulsantes e com formas apaixonantes. A lente se encheu de luz e o coração disparou junto com a câmera.

Então, ali, ele(a) sentiu seu corpo ainda mais leve do que a gravidade pode proporcionar. Aí sentiu-se invadido por ainda mais saudade da Terra e ele(a) correu para seus equipamentos para descobrir que brilho era aquele. É uma cidade chamada Porto Alegre, apontou o sofisticado sistema.

Já de volta à janela da Estação, ela seguiu observando pela lente da câmera e pensando: “Gire devagar, Terra, por favor. Mas amanhã estarei de volta aqui para te ver. E quem sabe um dia, eu possa estar aí, Porto Alegre. Que sorte têm os que lá vivem!”.

Cuidem bem dessa cidade. Ele(a) suspirou mais uma vez e seguiu levitando. Apaixonado(a).

 

 

*Secretário de Serviços Urbanos de Porto Alegre


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